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Chanceler israelense renuncia após acusações

Em comunicado, Lieberman justifica a decisão em seu desejo de "fechar o caso rápido e sem demora" para "limpar completamente" sua reputação

O ex-chanceler israelense, Avigdor Lieberman: Lieberman concorre como número dois de Likud Beiteinu, uma lista conjunta do partido ultranacionalista que lidera (REUTERS)

O ex-chanceler israelense, Avigdor Lieberman: Lieberman concorre como número dois de Likud Beiteinu, uma lista conjunta do partido ultranacionalista que lidera (REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2012 às 13h30.

Jerusalém - Avigdor Lieberman anunciou nesta sexta-feira sua renúncia como vice-primeiro-ministro e titular israelense das Relações Exteriores, para "limpar" seu nome das acusações por abuso de confiança e fraude reveladas na quinta-feira, apesar de concorrer as eleições legislativas do próximo dia 22 de janeiro.

Em comunicado, Lieberman justifica a decisão em seu desejo de "fechar o caso rápido e sem demora" para "limpar completamente" sua reputação, já que não cometeu "delito algum".

"Faço isto também porque acho que os cidadãos de Israel têm direito a comparecer às urnas uma vez que o assunto tenha sido resolvido", argumentou.

Lieberman manifestou sua esperança de que "se adote uma decisão legal antes das eleições e possa continuar servindo ao Estado e aos cidadãos de Israel como parte de uma liderança forte e unida que possa lidar com os desafios de segurança, políticos e econômicos que o Estado de Israel enfrenta".

Lieberman concorre como número dois de Likud Beiteinu, uma lista conjunta do partido ultranacionalista que lidera, o Yisrael Beiteinu, e o direitista Likud, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

A candidatura obteria uma cômoda vitória com entre 35 e 39 deputados, 17 a 20 dos trabalhistas e uma forte alta do ultradireitista Habait Hayehudi, com até 16 cadeiras, segundo quatro pesquisas divulgadas hoje por diferentes meios de comunicações locais.

Lieberman explicou que se reuniu com seus advogados e a equipe de campanha da legenda e que seus assessores legais o esclareceram que ele não era obrigado a renunciar a seu cargo.

Na quinta-feira, em uma declaração em Tel Aviv após ser acusado, disse que tomaria uma "decisão final" sobre sua permanência à frente da diplomacia israelense após consultar seus advogados e medir a influência em seus eleitores. 

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