Chance de 2º turno faz candidatos adaptarem estratégia
Na campanha de Dilma, discussão era se Lula deveria fazer um apelo ao eleitorado nos últimos dias
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.
São Paulo - A divulgação, ontem, de mais uma pesquisa Datafolha deu novo ânimo à corrida presidencial. A quatro dias das eleições e a dois do final da campanha em rádio e TV, os números indicam que a vantagem de Dilma Rousseff (PT) sobre seus rivais foi reduzida de sete para dois pontos, abrindo-se a possibilidade de a disputa ser levada ao segundo turno. Segundo a pesquisa, Dilma caiu de 49% para 46%, José Serra (PSDB) manteve seus 28% e Marina Silva (PV) oscilou de 13% para 14%. A petista teria, agora, entre 49% e 53% dos votos válidos.
O impacto desses números era visível, ao longo do dia, na rotina dos candidatos. A queda da petista acendeu um sinal amarelo em seu comitê de campanha, onde se discutiu a possibilidade de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fazer, nos dias finais, algum apelo ao eleitorado. É inegável a preocupação, no Planalto, com a divulgação de boatos que a prejudiquem ou com o risco de novas denúncias contra o governo.
Serra, que passou o dia em Salvador, manteve a estratégia, adotada há vários dias, de evitar polêmicas, não "inventar moda", torcer para que Dilma continue em queda e evitar críticas a Marina, de olho no eleitorado do PV no segundo turno. E a candidata dos verdes, que está em alta, faz o caminho inverso: reduz os elogios aos governos Lula e FHC e tenta subir aumentando o tom de suas críticas aos dois rivais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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