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Carlos, o Chacal, recorre de condenção na França

Militante marxista apresentou recurso contra condenação à prisão perpétua por atentados que mataram 11 pessoas há três décadas


	Ilich Ramírez Sánchez, também conhecido como Carlos, o Chacal: réu venezuelano está preso na França há quase 20 anos
 (Wikimedia Commons)

Ilich Ramírez Sánchez, também conhecido como Carlos, o Chacal: réu venezuelano está preso na França há quase 20 anos (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2013 às 10h58.

Paris - Carlos, o Chacal, o militante marxista que já esteve entre os criminosos mais procurados do mundo, apresentou recurso nesta segunda-feira contra condenação à prisão perpétua por atentados que mataram 11 pessoas há três décadas.

O réu venezuelano, de 63 anos, cujo nome real é Ilich Ramírez Sánchez, está preso na França há quase 20 anos, cumprindo uma sentença de prisão perpétua por outro crime, o assassinato de dois policiais e um informante em Paris, em 1975.

A audiência em Paris foi suspensa porque Ramírez exigiu novos advogados e acusou o Estado venezuelano de tentar sabotar sua defesa por não fornecer o apoio financeiro prometido para sua atual equipe legal.

"Nós não temos fundos, meus advogados não deveriam ter que pagar as despesas de seu próprio bolso", disse.

Quando o tribunal concordou em fornecer-lhe dois advogados financiados pelo Estado francês, Ramírez disse rindo: "uma loira e uma morena" -- observação pela qual foi repreendido pelo presidente do tribunal.

O ex-líder venezuelano Hugo Chávez, que morreu em março, era um defensor ferrenho do homem que se autodenomina um "revolucionário profissional", mas não se sabe se ele forneceu apoio financeiro ao Chacal.

Ramírez, vestido com uma camisa branca e terno preto, negou qualquer envolvimento específico com quatro atentados cometidos 1982 e 1983 em uma rua de Paris, dois trens e uma estação de trem de Marselha, que feriram cerca de 200 pessoas e mataram 11.

Promotores em seu julgamento de 2011 disseram que os atentados foram a resposta de Ramírez à prisão de dois membros de sua quadrilha, entre eles sua amante.

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