Cerca de mil pessoas estão presas há 2 semanas em igreja
Cerca de mil pessoas estão há duas semanas presas em uma igreja localizada na República Centro-Africana (RCA), ameaçadas por milícias cristãs
Da Redação
Publicado em 14 de fevereiro de 2014 às 08h58.
Nairóbi - Cerca de mil pessoas, a maioria muçulmanos , estão há duas semanas presas em uma igreja localizada na República Centro-Africana (RCA), ameaçadas por milícias cristãs, denunciou nesta sexta-feira os Médicos Sem Fronteiras (MSF).
A paróquia está na cidade de Carnot (oeste), de cerca de 45 mil habitantes, embora grande parte de seus residentes fugiram desde que a milícia muçulmana Séléka deixou a cidade e o controle foi tomado pelas milícias cristãs "Anti-Balaka" ("antimachete" em sango, a língua nacional).
"Com a chegada de mais grupos "Anti-Balaka", a tensão aumenta diariamente. O sacerdote da paróquia foi ameaçado várias vezes. Estão ocorrendo sequestros para obter resgates", afirma a MSF, que trabalha em Carnot desde 2010.
"Homens violentos armados, com pistolas em mãos, ameaçam matar todos os muçulmanos da cidade e perseguí-los em uma busca geral, casa por casa. Qualquer um que esconda muçulmanos, também corre um risco", ressalta a organização humanitária.
Como exemplo da violência que assola a cidade, a MSF assinala que em 7 de fevereiro milicianos cristãos invadiram uma casa onde se refugiavam 86 deslocados muçulmanos (homens, mulheres e crianças) e executaram sete homens.
Soldados camaroneses da Missão Internacional de Apoio à RCA (MISCA) tentam proteger os deslocados na igreja, mas não há suficientes homens para seu desdobramento em toda a cidade, aponta o comunicado.
No último dia 12, a organização Anistia Internacional (AI) denunciou que as forças internacionais de paz não conseguiram evitar uma "limpeza étnica" de civis muçulmanos no oeste da RC.
A República Centro-Africana sofre uma espiral de violência protagonizada por milícias muçulmanas e cristãs desde dezembro.
A capital, Bangui, foi tomada em 24 de março pela então coalizão rebelde Séléka, que assumiu o poder no país após a fuga do derrubado presidente François Bozizé.
A coalizão Séléka, composta por quatro grupos rebeldes, pegou em armas no norte do país em dezembro de 2012 ao considerar que Bozizé não tinha respeitado acordos de paz assinados em 2007.
No entanto, estes rebeldes são de confissão muçulmana, frente a uma população majoritariamente católica, por isso que o conflito adquiriu tinturas sectários e religiosos.
Nairóbi - Cerca de mil pessoas, a maioria muçulmanos , estão há duas semanas presas em uma igreja localizada na República Centro-Africana (RCA), ameaçadas por milícias cristãs, denunciou nesta sexta-feira os Médicos Sem Fronteiras (MSF).
A paróquia está na cidade de Carnot (oeste), de cerca de 45 mil habitantes, embora grande parte de seus residentes fugiram desde que a milícia muçulmana Séléka deixou a cidade e o controle foi tomado pelas milícias cristãs "Anti-Balaka" ("antimachete" em sango, a língua nacional).
"Com a chegada de mais grupos "Anti-Balaka", a tensão aumenta diariamente. O sacerdote da paróquia foi ameaçado várias vezes. Estão ocorrendo sequestros para obter resgates", afirma a MSF, que trabalha em Carnot desde 2010.
"Homens violentos armados, com pistolas em mãos, ameaçam matar todos os muçulmanos da cidade e perseguí-los em uma busca geral, casa por casa. Qualquer um que esconda muçulmanos, também corre um risco", ressalta a organização humanitária.
Como exemplo da violência que assola a cidade, a MSF assinala que em 7 de fevereiro milicianos cristãos invadiram uma casa onde se refugiavam 86 deslocados muçulmanos (homens, mulheres e crianças) e executaram sete homens.
Soldados camaroneses da Missão Internacional de Apoio à RCA (MISCA) tentam proteger os deslocados na igreja, mas não há suficientes homens para seu desdobramento em toda a cidade, aponta o comunicado.
No último dia 12, a organização Anistia Internacional (AI) denunciou que as forças internacionais de paz não conseguiram evitar uma "limpeza étnica" de civis muçulmanos no oeste da RC.
A República Centro-Africana sofre uma espiral de violência protagonizada por milícias muçulmanas e cristãs desde dezembro.
A capital, Bangui, foi tomada em 24 de março pela então coalizão rebelde Séléka, que assumiu o poder no país após a fuga do derrubado presidente François Bozizé.
A coalizão Séléka, composta por quatro grupos rebeldes, pegou em armas no norte do país em dezembro de 2012 ao considerar que Bozizé não tinha respeitado acordos de paz assinados em 2007.
No entanto, estes rebeldes são de confissão muçulmana, frente a uma população majoritariamente católica, por isso que o conflito adquiriu tinturas sectários e religiosos.