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Cerca de 100 morrem na Síria; Alepo tem pior cenário

Maior número de vítimas se concentrou em Alepo, a capital econômica da Síria, e seus arredores, onde morreram cerca de 30 pessoas

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2012 às 19h25.

Cairo - Cerca de 100 pessoas morreram neste sábado na Síria nos bombardeios das tropas do regime de Bashar al Assad e durante os combates entre grupos oficiais e insurgentes, especialmente na cidade de Alepo, alvo de uma ofensiva militar.

Os dados são dos Comitês de Coordenação Local (CCL), e a Comissão Geral de Revolução registrou 105 mortes.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos informou, ainda, que entre os mortos há cerca de 80 civis e insurgentes e mais de 15 soldados das forças governamentais.

O maior número de vítimas se concentrou em Alepo, a capital econômica da Síria, e seus arredores, onde morreram cerca de 30 pessoas.

Alepo vem sendo castigada pelos bombardeios das tropas do regime, que realizaram hoje uma grande ofensiva para recuperar os bairros que estão em poder da resistência.

Os CCL e a Comissão só informaram sobre vítimas civis e de combatentes rebeldes, enquanto o Observatório disse que 10 membros das tropas leais a Assad perderam a vida nos combates.

O ativista Hisham al Halabi explicou à Agência Efe de Alepo que as tropas governamentais estão bombardeando com tanques e aviação militar os distritos de Salah ad-Din, Seif al Daula e Al Sukari, entre outros.

Wed Al-Hayat, morador de Alepo, informou à Efe via internet que o ataque causou um grande deslocamento da população civil, que se refugiou nas mesquitas e nas escolas.

A segunda área mais castigada no dia foi a periferia de Damasco, especialmente pelos bombardeios à cidade de Moadamiya al Sham, onde morreram dez pessoas, entre elas três menores de idade.

Enquanto isso, no povoado de Al Abada outros sete civis e cinco combatentes do rebelde Exército Livre Sírio (ELS) perderam a vida, de acordo com os dados enviados pelo Observatório em comunicado.


A porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha na Síria (CICV), Rabab al Rifai, relatou à Efe por telefone, de Damasco, que devido à deterioração da situação nos últimos dez dias, nos arredores da capital, as atividades da organização se concentraram em ajudar as milhares de famílias deslocadas.

Rabab explicou que a maior parte dos retirantes abandonaram suas casas e se refugiaram nas dezenas de escolas abertas para acolhê-los, nas quais a Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho oferecem alimentos, cobertores e remédios.

Outras províncias castigadas pela violência foram Idleb, Deir ez Zor, Homs, Hama e Deraa.

Em Idleb, os bombardeios afetaram, sobretudo, a cidade de Al Hobeit, enquanto em Hama as forças governamentais entraram no povoado de Al Asharna.

Com o aumento da violência, a Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, acusou ontem Damasco de arrasar regiões controladas pela oposição sem levar em conta o destino da população civil local. EFE

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