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Celso Amorim diz que ordem para prender opositor González dificulta acordo na Venezuela

Lula deve ter encontro com chanceler Mauro Vieira para discutir nova etapa da crise

Agência o Globo
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Publicado em 3 de setembro de 2024 às 09h37.

Última atualização em 3 de setembro de 2024 às 10h32.

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A ordem de prisão contra Edmundo González, candidato da oposição venezuelana, causou preocupação no governo brasileiro, que vê agora um cenário muito mais difícil para uma solução negociada com o líder Nicolás Maduro, que foi declarado vencedor do pleito presidencial de julho pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), ligado a ele, mesmo sem apresentar as atas eleitorais.

A Justiça da Venezuela aceitou um pedido do Ministério Público na segunda-feira, 2, para emitir um mandado de prisão contra González, acusado de cinco crimes pelo órgão ligado ao chavismo, depois que ele ignorou três intimações para depor.

Para o assessor para assuntos internacionais da Presidência, Celso Amorim, a decisão dificulta a tentativa de acordo que vem sendo negociada por Brasil e Colômbia.

"Torna tudo ainda mais difícil", disse Amorim.

O diplomata, no entanto, afasta a possibilidade de o Brasil adotar uma postura mais contundente contra Maduro:

"Eu sou do tempo da bossa nova. A gente nunca sobe o tom".

Diante da escalada da crise, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve se reunir, nesta terca-feira, 3, com o chanceler Mauro Vieira. São esperados contatos entre autoridades do Brasil e colombianas com representantes de Maduro e da oposição. Brasil e Colômbia tentam mediar um acordo entre Maduro e oposição.

Na semana passada, Lula reiterou que não reconhece a vitória de

nem da oposição.

"A oposição fala que ganhou, ele fala que ganhou, mas não tem prova. Estamos exigindo a prova. Ele tem direito de não gostar. Eu falei que era importante convocar novas eleições", disse Lula em entrevista à Rádio MaisPB.

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