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Cazaquistão se prepara para eleição no Conselho de Segurança

Os antecedentes históricos do Cazaquistão como nação dedicada à segurança nuclear é um dos argumentos defendidos para merecer um assento no Conselho

Cazaquistão: em dezembro, foi assinado em Astana um acordo melhorado de associação entre a UE e Cazaquistão (Alain Jocard / AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de março de 2016 às 15h03.

Madri - O Cazaquistão está preparado para defender sua candidatura como membro não permanente do Conselho Superior da ONU em junho em Nova York, podendo ser, caso eleito, a primeira república independente da antiga União Soviética a ocupar este posto.

Assim explicou nesta quinta-feira o embaixador cazaque na Espanha, Bakyt Dyussenbayev, em uma jornada sobre seu país organizada pela revista "Diplomacia" na sede da Comissão Europeia (CE) em Madri e na qual tratou sobre as relações entre o país centro-asiático e a União Europeia (UE).

"Além da crise energética, o acesso limitado à alimentação e à água supõem uma séria ameaça para o desenvolvimento sustentável e a estabilidade, e merece uma atenção especial da comunidade mundial. Estes serão temas prioritários para o Cazaquistão no Conselho de Segurança das Nações Unidas", disse Dyussenbayev.

Os antecedentes históricos do Cazaquistão como nação dedicada à segurança nuclear é outro dos argumentos defendidos para merecer um assento no Conselho de Segurança da ONU para 2017 e 2018.

Após o colapso da União Soviética, o Cazaquistão se encontrou de repente em posse do quarto maior arsenal nuclear do mundo e o governo ordenou imediatamente sua desmantelação.

Em 2006, o Cazaquistão ratificou o Tratado para a criação de uma zona Livre de Armas Nucleares em Ásia Central e em 2015 a Agência Internacional da Energia Atômica (AIEA) criou no Cazaquistão o primeiro banco de urânio pouco enriquecido para abastecer os países que queiram desenvolver energia nuclear, criando assim uma oferta segura desse combustível radioativo.

O embaixador em Missão Especial para Ásia Central e antigo embaixador da Espanha no Cazaquistão, Manuel Larrotcha, mostrou seu apoio à candidatura cazaque.

"O governo do Cazaquistão está se esforçando ao máximo e eu pessoalmente acho que um país da Ásia Central, o Cazaquistão concretamente, merece que a história lhe dê uma oportunidade", disse.

Em dezembro, foi assinado em Astana um acordo melhorado de associação entre a UE e Cazaquistão, depois do alcançado em 1999.

Segundo Larrotcha, o novo acordo representa o começo de uma cooperação de segundo nível que abrange todas as áreas: "cooperação econômica, política, cultural, e sobretudo tem um capítulo interessante em matéria de sociedade civil e direitos humanos".

Ambos diplomatas reconheceram que as bases para um aprofundamento das relações entre Cazaquistão e a UE estão sentadas e que sua concretização é agora uma questão de vontade política.

Larrotcha insistiu na parte relativa aos direitos humanos, reconhecendo que nos países da Ásia Central a situação atual "não é a ideal, como também não é a ideal em muitos países europeus, seja por razões culturais ou históricas, mas o importante de acordo com a União Europeia é que ocorra um diálogo aberto e franco entre a UE e cada país de Ásia Central".

Durante seu discurso, Larrotcha lembrou que o apoio da UE foi fundamental para a incorporação do Cazaquistão à OMC, assim como também teve o apoio comunitário para que Astana abrigue a Expo 2017, que é organizada sob o lema "A energia do futuro".

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Madri - O Cazaquistão está preparado para defender sua candidatura como membro não permanente do Conselho Superior da ONU em junho em Nova York, podendo ser, caso eleito, a primeira república independente da antiga União Soviética a ocupar este posto.

Assim explicou nesta quinta-feira o embaixador cazaque na Espanha, Bakyt Dyussenbayev, em uma jornada sobre seu país organizada pela revista "Diplomacia" na sede da Comissão Europeia (CE) em Madri e na qual tratou sobre as relações entre o país centro-asiático e a União Europeia (UE).

"Além da crise energética, o acesso limitado à alimentação e à água supõem uma séria ameaça para o desenvolvimento sustentável e a estabilidade, e merece uma atenção especial da comunidade mundial. Estes serão temas prioritários para o Cazaquistão no Conselho de Segurança das Nações Unidas", disse Dyussenbayev.

Os antecedentes históricos do Cazaquistão como nação dedicada à segurança nuclear é outro dos argumentos defendidos para merecer um assento no Conselho de Segurança da ONU para 2017 e 2018.

Após o colapso da União Soviética, o Cazaquistão se encontrou de repente em posse do quarto maior arsenal nuclear do mundo e o governo ordenou imediatamente sua desmantelação.

Em 2006, o Cazaquistão ratificou o Tratado para a criação de uma zona Livre de Armas Nucleares em Ásia Central e em 2015 a Agência Internacional da Energia Atômica (AIEA) criou no Cazaquistão o primeiro banco de urânio pouco enriquecido para abastecer os países que queiram desenvolver energia nuclear, criando assim uma oferta segura desse combustível radioativo.

O embaixador em Missão Especial para Ásia Central e antigo embaixador da Espanha no Cazaquistão, Manuel Larrotcha, mostrou seu apoio à candidatura cazaque.

"O governo do Cazaquistão está se esforçando ao máximo e eu pessoalmente acho que um país da Ásia Central, o Cazaquistão concretamente, merece que a história lhe dê uma oportunidade", disse.

Em dezembro, foi assinado em Astana um acordo melhorado de associação entre a UE e Cazaquistão, depois do alcançado em 1999.

Segundo Larrotcha, o novo acordo representa o começo de uma cooperação de segundo nível que abrange todas as áreas: "cooperação econômica, política, cultural, e sobretudo tem um capítulo interessante em matéria de sociedade civil e direitos humanos".

Ambos diplomatas reconheceram que as bases para um aprofundamento das relações entre Cazaquistão e a UE estão sentadas e que sua concretização é agora uma questão de vontade política.

Larrotcha insistiu na parte relativa aos direitos humanos, reconhecendo que nos países da Ásia Central a situação atual "não é a ideal, como também não é a ideal em muitos países europeus, seja por razões culturais ou históricas, mas o importante de acordo com a União Europeia é que ocorra um diálogo aberto e franco entre a UE e cada país de Ásia Central".

Durante seu discurso, Larrotcha lembrou que o apoio da UE foi fundamental para a incorporação do Cazaquistão à OMC, assim como também teve o apoio comunitário para que Astana abrigue a Expo 2017, que é organizada sob o lema "A energia do futuro".

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