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Casal mantido refém pelos talibãs aparece com filhos em vídeo

O canadense Joshua Boyle e sua esposa americana Caitlin Coleman tiveram dois filhos depois de terem sido sequestrados no Afeganistão em 2012

Sequestro: o casal havia aparecido pela última vez em vídeo em agosto, sem os filhos, convocando seus governos a pressionar Cabul a mudar sua política de execuções de insurgentes capturados (YouTube/Reprodução)

Sequestro: o casal havia aparecido pela última vez em vídeo em agosto, sem os filhos, convocando seus governos a pressionar Cabul a mudar sua política de execuções de insurgentes capturados (YouTube/Reprodução)

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AFP

Publicado em 20 de dezembro de 2016 às 09h48.

Um casal americano-canadense mantido refém pelos talibãs apareceu em um vídeo pela primeira vez com seus dois filhos, nascidos em cativeiro, e pediu que o presidente Barack Obama e que o presidente eleito Donald Trump garantam sua libertação.

O canadense Joshua Boyle e sua esposa americana Caitlin Coleman tiveram dois filhos depois de terem sido sequestrados no Afeganistão em 2012 durante uma viagem.

No vídeo de quatro minutos divulgado pelo grupo de inteligência SITE, o casal é mostrado com seus dois filhos pequenos no colo.

"Esperamos desde 2012 que alguém entenda nossos problemas", declara Coleman no vídeo, apelando para que Obama e Trump resgatem sua família.

Não ficou claro se Coleman, que indicou que o vídeo foi gravado no dia 3 de dezembro, estava lendo o que dizia.

O casal havia aparecido pela última vez em vídeo em agosto, sem os filhos, convocando seus governos a pressionar Cabul a mudar sua política de execuções de insurgentes capturados.

No início de maio, Cabul enforcou seis prisioneiros ligados ao Talibã, no primeiro conjunto de execuções realizadas como parte da nova política de linha dura do presidente Ashraf Ghani contra os militantes, que estão intensificando sua ofensiva nacional.

O porta-voz do grupo Talibã, Zabihullah Mujahid, disse que não poderia comentar imediatamente o último vídeo quando foi contactado pela AFP.

Também não houve uma reação imediata do departamento de Estado dos Estados Unidos ou do governo afegão.

No início deste ano, os pais de Caitlin, James e Lyn Coleman, que moram na Pensilvânia, apelaram aos talibãs para que libertassem o casal e seus dois filhos pequenos.

Os Colemans viram sua filha pela última vez em julho de 2012, quando ela partiu para a Rússia em uma viagem com Boyle que também os levou à Ásia Central e posteriormente ao Afeganistão.

Os pais de Caitlin contaram ao Circa News que receberam uma carta de sua filha em novembro como prova de que ela e Boyle ainda estavam vivos, e anunciando que ela havia dado à luz um segundo filho.

O casal também foi visto em um vídeo enviado aos seus pais em 2013 no qual pediam ao governo americano e as suas famílias que garantissem sua libertação.

Os Colemans divulgaram o vídeo depois que Bowe Bergdahl, um sargento do exército americano mantido prisioneiro por cinco anos no Afeganistão, foi libertado em uma troca de presos.

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