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Cardeal australiano é preso após condenação por abuso sexual infantil

George Pell enfrenta pena máxima de 10 anos de prisão por cada um dos cinco delitos sexuais infantis

Cardeal australiano George Pell, ex-conselheiro do papa Francisco, foi preso na quarta-feira (Mark Dadswell/Reuters)

Cardeal australiano George Pell, ex-conselheiro do papa Francisco, foi preso na quarta-feira (Mark Dadswell/Reuters)

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Reuters

Publicado em 27 de fevereiro de 2019 às 10h49.

Melbourne - O cardeal australiano George Pell, ex-conselheiro do papa Francisco, foi preso na quarta-feira após uma sentença condenatória por ter abusado sexualmente de dois meninos de um coral há mais de duas décadas.

Pell será formalmente sentenciado em 13 de março.

Ele enfrenta pena máxima de 10 anos de prisão por cada um dos cinco delitos sexuais infantis, que incluem conduta indecente e uma acusação de penetração sexual.

Seus advogados entraram com recurso contra sua condenação.

Pell foi considerado culpado de abuso sexual infantil em dezembro. O veredicto foi revelado na terça-feira depois que uma ordem de suspensão judicial foi revogada.

O juiz Peter Kidd invalidou a fiança de Pell na quarta-feira, concedida para tratamento médico após o julgamento de 2018, e o cardeal foi imediatamente levado sob custódia ao final da audiência.

Pell, o ex-tesoureiro do Vaticano, é o clérigo católico mais importante do mundo a ser condenado por crimes sexuais infantis, um resultado que chocou a Igreja e seus partidários.

"Esta ofensa garante prisão imediata", disse o promotor Mark Gibson ao tribunal na quarta-feira. "Envolveu dois meninos vulneráveis, com idade de 13 anos."

O advogado de Pell, Robert Richter, defendeu uma sentença branda.

A defesa de Pell apresentou dez pessoas para testemunhar sobre o caráter do cardeal. Elas o descreveram como um homem de grande paixão, com um grande senso de humor que poderia se relacionar com todos, desde primeiros-ministros até pessoas em situação de rua, disse Richter ao tribunal.

"Nenhuma delas acredita que ele é capaz disso", disse Richter.

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