Mundo

Cantar na campanha presidencial americana pode ser perigoso

Um vídeo em que Mitt Romney aparece sério, cantando de forma desafinada uma música patriótica, foi usada pela campanha de Obama contra o candidato republicano

O presidente americano, Barack Obama, canta "Amazing Grace": a campanha republicana contra-atacou rapidamente
 (Saul Loeb/AFP)

O presidente americano, Barack Obama, canta "Amazing Grace": a campanha republicana contra-atacou rapidamente (Saul Loeb/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2012 às 14h17.

Washington - Os candidatos à presidência dos Estados Unidos, o democrata Barack Obama e o republicano Mitt Romney, já aprenderam que as músicas que cantam em atos de campanha podem ser usadas contra eles.

O fenômeno começou no fim de semana, quando a equipe de campanha de Obama divulgou um vídeo que mostra Romney sério, cantando de forma desafinada a patriótica música "America the Beautiful", sobre imagens de fábricas fechadas e um texto que acusa o candidato republicano de ter ajudado a deslocar postos de trabalho.

O vídeo inclui citações de agências de notícias que descrevem Romney como um rico empresário e investidor que destruiu milhares de empregos com seu fundo de investimentos Bain Capital.

"As empresas de Mitt Romney transferiram postos de trabalho para o México e a China", afirma.

A equipe de Romney contra-atacou rapidamente nesta segunda-feira com seu próprio vídeo na web, divulgando uma imagem de Obama cantando o clássico de Al Green "Let's Stay Together" em um ato para arrecadar fundos.

Na propaganda são citadas matérias do jornal The New York Times e declarações da Rádio Pública Nacional (NPR, na sigla em inglês) que afirmam que Obama recompensa os grandes doadores de campanha com cargos chave, acesso e benefícios na Casa Branca.

"Muito amor aos doadores", pode ser lido no anúncio. "E o que acontece com a classe média?" - acrescenta.

Os vídeos de campanha na Internet são vistos habitualmente por menos pessoas que a propaganda convencional na televisão, mas o formato está crescendo e esse tipo de vídeo tende, cada vez mais, a se transformar em temas de campanhas.

Acompanhe tudo sobre:Barack ObamaEleições americanasEstados Unidos (EUA)Países ricosPersonalidadesPolíticos

Mais de Mundo

Com esgotamento do chavismo, Maduro enfrenta desafio mais difícil nas urnas desde 2013

Dinastia Trump S.A.: Influência de família em campanha sinaliza papel central em possível governo

Após mais de 100 mortes em protestos, Bangladesh desliga internet e decreta toque de recolher

Opinião: A hegemonia do dólar deve ser terminada

Mais na Exame