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Candidato a prefeito é assassinado em novo caso de violência na Colômbia

A Colômbia vive há mais de meio século um conflito armado que envolve guerrilhas, paramilitares, traficantes e agentes públicos

Colômbia: a área é estratégica para a saída de carregamentos de drogas (Getty Images/Reprodução)

Colômbia: a área é estratégica para a saída de carregamentos de drogas (Getty Images/Reprodução)

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AFP

Publicado em 15 de setembro de 2019 às 17h28.

O candidato conservador à prefeitura do município colombiano de Tibú, fronteira com a Venezuela, foi assassinado neste domingo, em um novo caso de violência anterior às eleições locais de outubro, segundo um tuíte da Defensoria do Povo (ombudsman).

O homicídio de Bernardo Betancourt Orozco ocorreu na manhã de hoje, quando "uma pessoa se aproximou e atirou de forma indiscriminada", disse à imprensa o coronel Fabián Ospina, comandante da polícia do Norte de Santander, assinalando que autoridades já começaram a investigar o caso, enquanto o Ministério da Defesa anunciou que será realizado um conselho de segurança em Tibú, localizado no departamento do Norte de Santander.

"A polarização e estigmatização devem desaparecer desta disputa eleitoral. Exigimos o esclarecimento deste fato", publicou a Defensoria do Povo.

O governista Partido Conservador, ao qual Betancourt era filiado, exigiu das autoridades que encontrem os responsáveis pelo crime.

Com milhares de hectares de cultivos ligados ao narcotráfico, o Norte de Santander é uma região disputada por grupos armados, como os rebeldes do ELN, dissidências da antiga guerrilha das Farc e grupos de narcotraficantes de origem paramilitar.

A zona, caracterizada por sua geografia montanhosa, é estratégica para a saída de carregamentos de drogas e contrabando pela Venezuela.

A Defensoria do Povo denunciou que 36% dos municípios do país, ou 418 de suas 1.120 localidades, "correm risco eleitoral pela presença de grupos armados ilegais" para as eleições de 27 de outubro, em que os colombianos irão escolher governadores, prefeitos e vereadores, entre outros.

A entidade responsabiliza pela atual situação rebeldes do ELN, dissidentes das Farc e quadrilhas remanescentes dos grupos paramilitares de ultradireita desmobilizados em 2006. A ONU pediu sanções aos responsáveis pela onda de violência.

A Colômbia vive há mais de meio século um conflito armado que envolve guerrilhas, paramilitares, traficantes e agentes públicos, com um saldo de mais de 8 milhões de vítimas, entre mortos, desaparecidos e refugiados internos.

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