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Canal TV5 Mondo volta ao ar após ação de hackers jihadistas

Ministro Cazeneuve não descarta a hipótese de que novos ataques aconteçam nos próximos dias ou semanas


	O governo francês anunciou que abriu uma investigação judicial sobre o ataque sofrido na noite desta quarta-feira pela TV5 Mondo
 (Thomas Samson/AFP)

O governo francês anunciou que abriu uma investigação judicial sobre o ataque sofrido na noite desta quarta-feira pela TV5 Mondo (Thomas Samson/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2015 às 16h21.

Paris - O canal internacional francês TV5 Mondo retomou nesta quinta-feira sua transmissão após ficar fora do ar em consequência do ataque em grande escala realizado ontem à noite por hackers que estariam ligados a redes jihadistas.

O diretor-geral da emissora pública, Yves Bigot, anunciou à imprensa a volta da programação e reconheceu que ainda "demorará um tempo" para processar tudo o que aconteceu.

O Ministério francês do Interior, que dobrou a presença de forças de segurança em torno da sede da TV5 Mondo, trabalha com a hipótese principal de um ataque terrorista, confirmou seu titular, Bernard Cazeneuve, em entrevista coletiva.

Cazeneuve se reuniu com a ministra de Comunicação, Fleur Pellerin, e com representantes dos principais veículos franceses, para analisarem o "elevado nível da ameaça" que os meios de comunicação enfrentam dos terroristas jihadistas.

Pellerin não descartou que possa haver novos ataques, e Cazeneuve foi ainda mais longe ao dizer que estes poderiam acontecer "nos próximos dias ou semanas".

Por isso, as autoridades pediram que todos os meios de comunicação na França reforcem seus dispositivos de segurança, tanto física como digital.

O governo francês anunciou hoje que abriu uma investigação judicial sobre o ataque sofrido ontem à noite pela TV5 Mondo e antecipou que irão ampliar os recursos técnicos e humanos destinados à luta contra o ciberterrorismo.

O ataque foi reivindicado por hackers jihadistas que seriam ligados ao Estado Islâmico (EI) e afetou as antenas e o site do canal, que chega a mais de 257 milhões de lares em mais de 200 países.

O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, afirmou em sua conta no Twitter que esse ataque é uma "afronta inaceitável contra a liberdade de informação e expressão", e manifestou seu "total apoio à redação".

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