Campanha arrecada US$ 50 mil para que medalhista peça asilo
Lelisa ergueu os braços e os cruzou a metros do fim do percurso no Rio, num gesto associado com os protestos dos oromo, que vêm enfrentando o governo etíope
Da Redação
Publicado em 22 de agosto de 2016 às 19h01.
Adis-Abeba - Uma campanha na internet conseguiu arrecadar quase US$ 50 mil em menos de 24 horas para que o etíope Feyisa Lelisa, prata na maratona dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, possa pedir asilo nos Estados Unidos ou outro país após realizar um gesto polêmico contra o governo da nação africana perto da linha de chegada.
Lelisa ergueu os braços e os cruzou a metros do fim do percurso no Rio, num gesto associado com os protestos dos oromo, que há meses vêm enfrentando o governo central etíope, cuja repressão das manifestações já deixou centenas de mortos.
Em entrevista posterior à prova, o fundista esclareceu que realizou o movimento para chamar a atenção sobre o que está acontecendo em sua região natal e destacou que a partir de então passava a correr risco de morte. Segundo ele, na volta a Etiópia, poderá ser preso ou mesmo assassinado.
No entanto, diante do alvoroço criado nas redes sociais, o chefe do Escritório de Comunicações do governo etíope, Getachew Reda, disse à imprensa local que Lelisa não sofrerá acusações por suas opiniões políticas.
"Convocamos todos os etíopes e defensores dos direitos humanos a contribuírem para apoiar o atleta Feyisa Lelisa, que mostrou um grande heroísmo ao se transformar em um símbolo internacional para os protestos oromo", diz o texto da campanha.
O movimento espontâneo obteve em apenas 18 horas arrecadar praticamente a totalidade dos US$ 50 mil que tinha como objetivo.
Adis-Abeba - Uma campanha na internet conseguiu arrecadar quase US$ 50 mil em menos de 24 horas para que o etíope Feyisa Lelisa, prata na maratona dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, possa pedir asilo nos Estados Unidos ou outro país após realizar um gesto polêmico contra o governo da nação africana perto da linha de chegada.
Lelisa ergueu os braços e os cruzou a metros do fim do percurso no Rio, num gesto associado com os protestos dos oromo, que há meses vêm enfrentando o governo central etíope, cuja repressão das manifestações já deixou centenas de mortos.
Em entrevista posterior à prova, o fundista esclareceu que realizou o movimento para chamar a atenção sobre o que está acontecendo em sua região natal e destacou que a partir de então passava a correr risco de morte. Segundo ele, na volta a Etiópia, poderá ser preso ou mesmo assassinado.
No entanto, diante do alvoroço criado nas redes sociais, o chefe do Escritório de Comunicações do governo etíope, Getachew Reda, disse à imprensa local que Lelisa não sofrerá acusações por suas opiniões políticas.
"Convocamos todos os etíopes e defensores dos direitos humanos a contribuírem para apoiar o atleta Feyisa Lelisa, que mostrou um grande heroísmo ao se transformar em um símbolo internacional para os protestos oromo", diz o texto da campanha.
O movimento espontâneo obteve em apenas 18 horas arrecadar praticamente a totalidade dos US$ 50 mil que tinha como objetivo.