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Camicaze era mandante dos atentados no Sri Lanka, diz polícia

Um mês após os ataques, a polícia do Sri Lanka informou que o mandante dos ataques era um dos camicazes que se explodiu no Hotel Shangri-La de Colombo

Sri Lanka: sete camicazes já foram identificados (Dinuka Liyanawatte/Reuters)

Sri Lanka: sete camicazes já foram identificados (Dinuka Liyanawatte/Reuters)

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AFP

Publicado em 21 de maio de 2019 às 14h59.

As análises de DNA confirmaram que Zahran Hashim, o cérebro dos sangrentos atentados suicidas da Páscoa no Sri Lanka, realizados há um mês, era um dos camicazes que se explodiu no Hotel Shangri-La de Colombo, anunciou a polícia nesta terça-feira.

Segundo um porta-voz da polícia do Sri Lanka, Ruwan Gunasekera, um laboratório forense do governo conseguiu estabelecer esse fato comparando o DNA de uma filha de Hashim com o que foi extraído dos restos mortais de um dos homens-bomba do hotel.

"Graças aos resultados dessas análises, pudemos confirmar as identidades dos sete camicazes" que realizaram os ataques coordenados em 21 de abril, e os de "duas outras pessoas que se explodiram" pouco depois no mesmo dia, disse Gunasekera.

Ele disse que a polícia conseguiu identificar os diferentes DNAs comparando-os com os dos parentes dos jihadistas.

O segundo atacante do Hotel Shangri-La foi identificado como Ilham Ibrahim, cujo irmão Inshaf foi o único suicida que atacou o estabelecimento vizinho Cinnamon Grand Hotel, de acordo com a polícia.

Outro hotel em Colombo e três igrejas cristãs foram igualmente atacadas simultaneamente por outros cinco homens-bomba.

Os ataques causaram 258 mortes e quase 500 feridos. Entre os mortos estão 45 estrangeiros.

A esposa de Ilham, Fatima Ilham, ativou a carga explosiva que carregava quando a polícia chegou em sua casa algumas horas após os ataques.

Todos os camicazes pertencem a um movimento islâmico local agora banido, o National Thowheeth Jama'th (NTJ), criado por Zahran Hashim.

O grupo jihadista Estado Islâmico (EI), ao qual Hashim jurou lealdade em um vídeo, assumiu a responsabilidade pelos ataques.

Grande oração católica

Centenas de católicos cingaleses rezaram nesta terça-feira diante da igreja de Santo Antônio de Colombo, um dos alvos dos atentados jihadistas de 21 de abril, por ocasião de um mês dos ataques.

Os fiéis acenderam velas e se reuniram diante da igreja na capital do Sri Lanka, construída em 1740 e que está passando por obras para reparar os danos provocados pela explosão de uma bomba no Domingo de Páscoa.

O Sri Lanka permanece em estado de emergência, com a mobilização de um grande dispositivo de segurança.

Um mês após ataque, católicos realizam cerimônia em frente a igreja atingida em ataques

A data que marca um mês dos atentados coincide com a reabertura parcial das escolas católicas, que permaneciam fechadas desde o massacre.

As escolas públicas reabriram as portas no início do mês, mas o comparecimento continua baixo.

Um porta-voz da arquidiocese informou que as escolas do ensino fundamental devem retomar o funcionamento na próxima semana. O exército anunciou um reforço da segurança nas proximidades dos centros de ensino.

Os cristãos representam 7,6% da população do país de 21 milhões de habitantes, de maioria budista. Na semana passada, protestos contra os muçulmanos deixaram um morto e as autoridades ativaram o toque de recolher para restaurar a segurança.

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