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Cameron defende cortes para ajustar finanças

Reino Unido deve cortar despesas para diminuir déficit de US$ 242 bilhões

O primeiro-minstro britânico, David Cameron, fez o anuncio durante congresso do Partido Conservador  (AFP/Ben Stansall)

O primeiro-minstro britânico, David Cameron, fez o anuncio durante congresso do Partido Conservador (AFP/Ben Stansall)

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Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2010 às 14h29.

Birmingham, Inglaterra - O primeiro-ministro britânico, David Cameron, defendeu nesta quarta-feira os dolorosos planos de cortes de gastos no setor público com o argumento de que "não há outra maneira responsável" de ajustar as finanças do Estado.

Em seu primeiro discurso ao congresso anual do Partido Conservador desde que chegou ao poder, Cameron disse ter conhecimento de que os compatriotas estão "ansiosos" a respeito dos cortes que serão detalhados no dia 20 de outubro.

Mas insistiu que não existe outra alternativa em consequência do grave estado das finanças públicas herdadas por sua coalizão de governo, que assumiu o poder em maio.

"Sei o quanto as pessoas estão ansiosas", declarou aos membros de seu partido reunidos em Birmingham (centro da Inglaterra).

"Sim, dizem, certamente temos que cortar os gastos. Mas temos que cortar agora e tanto? Não há outra maneira?", destacou.

A coalizão formada por conservadores e liberal-democratas herdou um déficit recorde de 154,7 bilhões de libras (242 bilhões de dólares) do governo trabalhista dirigido por Gordon Brown.

"Gostaria que houvesse outra maneira. Gostaria que houvese outra maneira mais fácil. Mas tenho que dizer: não há outra maneira responsável", completou.

Os cortes dos gastos públicos previstos pelo governo podem ficar próximos de 25% em muitos ministérios, o que levou os sindicatos britânicos a ameaçar com uma série de greves coordenadas.

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