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Câmara dos EUA começa debate histórico sobre impeachment de Trump

Impeachment de Trump começa a ser julgado pelo plenário da Câmara dos Representantes; presidente dos Estados Unidos reage

Donald Trump: presidente definiu impeachment como "golpe" (Yuri Gripas/Reuters)

Donald Trump: presidente definiu impeachment como "golpe" (Yuri Gripas/Reuters)

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Reuters

Publicado em 18 de dezembro de 2019 às 11h44.

Última atualização em 18 de dezembro de 2019 às 15h08.

Washington — A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos iniciou nesta quarta-feira (18), o debate antes de uma votação histórica de dois artigos de impeachment contra o presidente Donald Trump, que está prestes a se tornar o terceiro presidente norte-americano a ser alvo do processo.

A votação das acusações contra o presidente republicano, prevista para ocorrer ainda nesta quarta-feira, deve seguir a linha do partido dominante em uma Câmara controlada pelos democratas.

Mais cedo, horas antes da votação, o presidente usou seu perfil no Twitter para criticar a ação e afirmou que "não fez nada de errado".

“Eles podem acreditar que eu serei acusado hoje pela esquerda radical e pelos democratas que não fazem nada, e eu não fiz nada de errado! É uma coisa terrível”, tuitou.

Na véspera da votação, Trump enviou uma carta à presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi.

Ao longo de seis páginas carregadas de críticas e acusações, o presidente escreve que os responsáveis pelo processo de impeachment violaram os seus juramentos, quebraram a lealdade para com a Constituição e usaram de forma leviana o termo "destituição", palavra que considera "muito feia".

"Não existem muitas pessoas que conseguissem ter sofrido os castigos infligidos durante este período de tempo e, ainda assim, fazer tanto pelo sucesso da América e dos seus cidadãos", considerou.

Trump escreve ainda que foi "privado do processo constitucional básico desde o início do esquema do impeachment" e que lhe foram negados "direitos fundamentais, incluindo o direito de apresentar provas". Segundo ele, a votação para tirá-lo da presidência é "uma tentativa de golpe partidária" por parte dos democratas.

A Câmara, que tem maioria democrata, decidirá no fim da tarde, após uma sessão de seis horas, se aprova as acusações de “abuso de poder” e “obstrução ao trabalho do Congresso” contra o presidente.

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