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Câmara dos EUA aprova suspensão do teto de gastos para impedir calote; projeto segue para o Senado

Acordo costurado por negociadores republicanos e democratas suspende o limite de endividamento por dois anos, enquanto limita uma série de gastos do governo em contrapartida

 (Ting Shen/Bloomberg/Getty Images)

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Agência o Globo
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Publicado em 1 de junho de 2023 às 06h34.

A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou, nesta quarta-feira, 31, o acordo costurado por negociadores democratas e republicanos para suspender o teto de endividamento do país por dois anos e evitar um calote federal, que seria o primeiro na História do país. A votação aconteceu poucos dias antes do prazo de 5 de junho, apontado pela secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, como último dia que o governo teria recursos suficientes para pagar seus credores.

A votação, por 314 votos a 117, encaminhou o projeto de lei para o Senado, onde líderes de ambos os partidos expressaram apoio ao adiamento do limite da dívida federal por dois anos – permitindo ao governo tomar empréstimos ilimitados conforme necessário para pagar suas obrigações. O projeto, que deve ser votado na Casa Alta do Congresso antes do fim de semana também impõe dois anos de limites a uma série de gastos, além de mudanças políticas exigidas pelos republicanos.

Pelas redes sociais, o presidente Joe Biden comemorou a aprovação do projeto. "Hoje à noite, a Câmara deu um passo crítico para evitar o primeiro calote e proteger a recuperação econômica histórica e suada de nosso país. Deixei claro que o único caminho a seguir é um compromisso bipartidário que possa ganhar o apoio de ambas as partes. Este acordo atende a esse teste. Exorto o Senado a aprová-lo o mais rápido possível para que eu possa sancioná-lo e nosso país possa continuar construindo a economia mais forte do mundo", escreveu Biden.

Com legisladores nos extremos tanto do Partido Democrata quanto do Partido Republicano furiosos com o acordo, os líderes do Congresso formaram uma coalizão multipartidária para aprová-lo e quebrar o impasse fiscal que dominou Washington por semanas.

O texto foi intencionalmente estruturado com o objetivo de atrair votos de ambos os partidos, permitindo que os republicanos digam que conseguiram reduzir alguns gastos federais — mesmo que o financiamento para programas militares e de veteranos continue a crescer — enquanto permite que os democratas digam que pouparam a maioria dos programas domésticos de cortes significativos.

Antes da série de votações na quarta-feira, McCarthy instou seus membros a apoiar o projeto, enquadrando-o como um "pequeno passo que nos coloca no caminho certo" e promovendo os cortes de gastos e requisitos de trabalho que os republicanos ganharam no acordo.

"Todo mundo tem direito à sua própria opinião", disse ele. "Mas na história, eu gostaria de estar aqui com este projeto de lei hoje."

Votação no Senado

No Senado, líderes democratas e republicanos disseram que adotariam rapidamente a legislação e pressionariam para que o pacote chegasse a Biden o mais rápido possível, com o senador Chuck Schumer, democrata de Nova York e líder da maioria, alertando que os legisladores iriam precisa aprovar o projeto de lei sem alterações para cumprir o prazo.

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