Câmara dos EUA aprova lei que limita futuros gastos federais
O texto, decididamente conservador, não tem chance alguma de ser adotado no Senado, onde os democratas detêm maioria
Da Redação
Publicado em 19 de julho de 2011 às 22h55.
Washington- O campo republicano decidiu desafiar o presidente Barack Obama nesta terça-feira na batalha sobre o limite da dívida americana, com a aprovação na Câmara de Representantes de um plano radical para reduzir gastos e propor emendas na Constituição, a fim de equilibrar o orçamento federal.
O texto, aprovado por 234 votos contra 190, se assemelha mais a uma manobra política do que a uma solução real que resolveria o conflito sobre o limite da dívida federal, que chegou à cifra máxima de 14,3 trilhões de dólares.
Com efeito, esse texto, decididamente conservador, não tem chance alguma de ser adotado no Senado, onde os democratas detêm maioria. O presidente americano Barack Obama também anunciou oficialmente na segunda-feira que aplicaria seu veto no caso de esse texto ser aprovado.
Obama disse nesta terça-feira que conseguiu "alguns avanços", mas não resta muito tempo para continuar as negociações.
"Houve alguns avanços em algumas discussões. Houve aproximações (das posições) em alguns temas", assegurou Obama, advertindo também sobre uma eventual "reação negativa dos mercados" na ausência de um acordo.
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, afirmou na segunda-feira que o plano dos republicanos consistia em "se esconder (diante de suas responsabilidades) e desmantelar (os programas sociais, o governo federal)". Através desse texto, os legisladores conservadores esperam poder afirmar diante de seus eleitores que tentaram reduzir de forma espetacular os gastos do Estado federal, uma de suas grandes promessas de campanha durante as últimas eleições de novembro de 2010.
O projeto prevê também "limitar" os gastos federais para cerca de 18% do Produto Interno Bruto (PIB) e votar uma emenda constitucional exigindo que o orçamento federal mantenha-se em "equilíbrio". Os republicanos condicionam o aumento do teto da dívida à adoção dessas medidas.
Mas o fracasso programado desse plano não fará mais do que afirmar o abismo existente entre os democratas, que exigem uma política de redução do déficit baseada em mais receitas fiscais, e os republicanos, que apenas consideram drásticas reduções orçamentárias.
O presidente republicano da Câmara dos Representantes, John Boehner, afirmou nesta terça-feira não querer "abandonar todas as esperanças" sobre a votação desta terça. "Mas penso que é responsável considerar um plano B", disse durante coletiva de imprensa.
Boehner fazia alusão ao plano de retirada proposto pelo chefe da minoria republicana, Mitch McConnell.
Esse plano B daria ao presidente o poder de aumentar em três etapas o teto da dívida em 2,5 trilhões de dólares antes do fim de 2012. Mas deixaria a ele somente a responsabilidade - e o risco político - de um aumento do limite da dívida.
O plano poderá incluir também reduções dos gastos de até 1,5 trilhão de dólares em 10 anos, medidas sobre as quais os dois campos estão de acordo. No entanto, o movimento ultraconservador "Tea Party", muito influente na Câmara, condenou esse plano.
Por outro lado, nesta terça-feira, um grupo de seis senadores americanos, democratas e republicanos, conhecido como "o grupo dos seis", apresentou a portas fechadas diante de outros legisladores uma nova proposta.
Segundo uma fonte próxima, o plano prevê uma redução de gastos de 3,6 a 3,7 trilhões de dólares em 10 anos.
Obama afirmou nesta terça-feira que "essa iniciativa é globalmente de acordo com a proposta que defendi (...), penso que seja uma etapa muito importante".
Washington- O campo republicano decidiu desafiar o presidente Barack Obama nesta terça-feira na batalha sobre o limite da dívida americana, com a aprovação na Câmara de Representantes de um plano radical para reduzir gastos e propor emendas na Constituição, a fim de equilibrar o orçamento federal.
O texto, aprovado por 234 votos contra 190, se assemelha mais a uma manobra política do que a uma solução real que resolveria o conflito sobre o limite da dívida federal, que chegou à cifra máxima de 14,3 trilhões de dólares.
Com efeito, esse texto, decididamente conservador, não tem chance alguma de ser adotado no Senado, onde os democratas detêm maioria. O presidente americano Barack Obama também anunciou oficialmente na segunda-feira que aplicaria seu veto no caso de esse texto ser aprovado.
Obama disse nesta terça-feira que conseguiu "alguns avanços", mas não resta muito tempo para continuar as negociações.
"Houve alguns avanços em algumas discussões. Houve aproximações (das posições) em alguns temas", assegurou Obama, advertindo também sobre uma eventual "reação negativa dos mercados" na ausência de um acordo.
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, afirmou na segunda-feira que o plano dos republicanos consistia em "se esconder (diante de suas responsabilidades) e desmantelar (os programas sociais, o governo federal)". Através desse texto, os legisladores conservadores esperam poder afirmar diante de seus eleitores que tentaram reduzir de forma espetacular os gastos do Estado federal, uma de suas grandes promessas de campanha durante as últimas eleições de novembro de 2010.
O projeto prevê também "limitar" os gastos federais para cerca de 18% do Produto Interno Bruto (PIB) e votar uma emenda constitucional exigindo que o orçamento federal mantenha-se em "equilíbrio". Os republicanos condicionam o aumento do teto da dívida à adoção dessas medidas.
Mas o fracasso programado desse plano não fará mais do que afirmar o abismo existente entre os democratas, que exigem uma política de redução do déficit baseada em mais receitas fiscais, e os republicanos, que apenas consideram drásticas reduções orçamentárias.
O presidente republicano da Câmara dos Representantes, John Boehner, afirmou nesta terça-feira não querer "abandonar todas as esperanças" sobre a votação desta terça. "Mas penso que é responsável considerar um plano B", disse durante coletiva de imprensa.
Boehner fazia alusão ao plano de retirada proposto pelo chefe da minoria republicana, Mitch McConnell.
Esse plano B daria ao presidente o poder de aumentar em três etapas o teto da dívida em 2,5 trilhões de dólares antes do fim de 2012. Mas deixaria a ele somente a responsabilidade - e o risco político - de um aumento do limite da dívida.
O plano poderá incluir também reduções dos gastos de até 1,5 trilhão de dólares em 10 anos, medidas sobre as quais os dois campos estão de acordo. No entanto, o movimento ultraconservador "Tea Party", muito influente na Câmara, condenou esse plano.
Por outro lado, nesta terça-feira, um grupo de seis senadores americanos, democratas e republicanos, conhecido como "o grupo dos seis", apresentou a portas fechadas diante de outros legisladores uma nova proposta.
Segundo uma fonte próxima, o plano prevê uma redução de gastos de 3,6 a 3,7 trilhões de dólares em 10 anos.
Obama afirmou nesta terça-feira que "essa iniciativa é globalmente de acordo com a proposta que defendi (...), penso que seja uma etapa muito importante".