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Calor extremo mata sete imigrantes na fronteira dos Estados Unidos

Autoridades americanas informaram que uma mulher, dois bebês e uma criança estão entre os mortos

Imigração: a Patrulha da Fronteira registrou 283 mortes de imigrantes na fronteira entre EUA e México em 2018 (Joe Raedle/Getty Images)

Imigração: a Patrulha da Fronteira registrou 283 mortes de imigrantes na fronteira entre EUA e México em 2018 (Joe Raedle/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 25 de junho de 2019 às 10h36.

Autoridades do Texas informaram na segunda-feira que sete imigrantes morreram, incluindo uma mulher, dois bebês e uma criança, em uma demonstração dos perigos do calor extremo do verão à medida que famílias da América Central tentam cruzar a fronteira entre México e Estados Unidos.

A mulher e as três crianças podem ter morrido dias antes de serem encontradas pela patrulha da fronteira próximo do Rio Grande, no sul do Texas, no domingo, de acordo com uma autoridade local, que pediu anonimato.

A exposição ao calor e a desidratação são as possíveis causas de morte.

A oeste, na região de Del Rio, agentes da fronteira resgataram os corpos de dois homens após ligações anônimas em 19 e 20 de junho alertarem sobre imigrantes perdidos, informou a agência de proteção da fronteira.

Outro corpo em decomposição foi encontrado em 20 de junho na margem do Rio Grande.

"As temperaturas extremas durante essa época do ano podem ser fatais", disse o chefe da patrulha fronteiriça na região de Del Rio, agente Raul Ortíz.

A administração de Trump estabeleceu limites para quantas pessoas podem solicitar asilo todos os dias nos portos de entrada. Meses à espera de entrevistas, as famílias migrantes tentam, às vezes, cruzar a fronteira de modo arriscado para fazer suas solicitações.

Os coiotes, como são chamados intermediários do tráfico ilegal de pessoas na fronteira, colocam em risco a vida dos imigrantes, deixando-os em áreas isoladas ou enviando-os através do Rio Grande em jangadas improvisadas.

A Patrulha da Fronteira registrou 283 mortes de imigrantes no limite entre EUA e México em 2018. Ativistas de direitos humanos dizem que o número é muito maior, pois os restos mortais de muitas vítimas nunca são encontrados e os dados da agência não incluem todas as mortes registradas pelas autoridades locais.

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