Caixas-pretas de caça russo estão danificadas
"De todas as formas, o SU-24 não representava nenhuma ameaça para a Turquia ou seus cidadãos", acrescentou
Da Redação
Publicado em 18 de dezembro de 2015 às 15h53.
Moscou - As caixas-pretas do caça russo SU-24 que foi derrubado no final de novembro pela Turquia na fronteira com a Síria foram danificadas e sofreram "imperfeições mecânicas", reconheceram nesta sexta-feira os analistas russos que investigam o incidente.
"Infelizmente, as placas-mãe resultaram um pouco danificadas", disse Andrei Semionov, especialista do departamento de segurança de voos da força aérea da Rússia, que realizou hoje a abertura das caixas-pretas.
Semionov reconheceu que "houve uma deformação das placas-mãe" e que dois dos 16 micro-esquemas "carecem de informação de voo", embora o módulo não tenha sido afetado pelo fogo, o que facilitará seu deciframento.
Apesar de tudo, assegurou que os investigadores efetuarão radiografias, "o que permitirá achar a imperfeição nos 16 micro-esquemas do módulo de memória" das caixas-pretas do aparelho.
Além disso, Semionov destacou que, para garantir a imparcialidade da investigação, o módulo de memória foi introduzido em uma caixa-forte selada por delegados do Comitê de Aviação, a comissão investigadora e observadores internacionais.
A esse respeito, o general Sergei Dronov, subchefe do Estado-Maior das Forças Aéreas, garantiu que, por ordem do presidente russo, Vladimir Putin, o deciframento das caixas-pretas "será o mais aberto possível" e contará com a participação de especialistas de uma dúzia de países.
O general insistiu que as forças aéreas "dispõem de toda a informação necessária, que confirma a ausência de dados sobre a violação do espaço aéreo turco por parte do avião russo".
"De todas as formas, o SU-24 não representava nenhuma ameaça para a Turquia ou seus cidadãos", acrescentou.
Por sua vez, Semionov ressaltou que a cauda do SU-24, onde se encontravam armazenadas as caixas-pretas, foi atingida por um míssil lançado por um caça F-16 turco.
Segundo a investigação, que promete publicar suas conclusões na próxima segunda-feira, o SU-24 voou durante 40 minutos em sua última missão contra as posições jihadistas antes de ser abatido por um caça turco na fronteira com a Síria.
Em sua entrevista coletiva anual, Putin voltou a dizer ontem que a derrubada do SU-24 foi uma "punhalada nas costas".
"Para que fizeram isso? Não entendo. Por acaso pensavam que íamos sair fugindo? Certamente que não. A Rússia não é desses. Se antes a aviação turca voava e violava permanentemente o espaço aéreo da Síria, que voem agora (que a Rússia instalou baterias antiaéreas S-400 em solo sírio)", advertiu.
O chefe do Kremlin afirmou que é "praticamente impossível" chegar a um acordo com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que se nega a desculpar-se pela derrubada do avião, como exige Moscou.
Como represália, Putin ordenou a adoção de sanções econômicas contra a Turquia, como a suspensão de voos charter, a imposição de vistos, o congelamento de acordos comerciais e o embargo a verduras e frutas.
Além disso, acusou a Turquia de derrubar o avião russo para proteger as vias de provisão do petróleo que o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) extrai nos territórios sob seu controle na Síria e no Iraque, o que foi negado categoricamente por Erdogan.
Moscou - As caixas-pretas do caça russo SU-24 que foi derrubado no final de novembro pela Turquia na fronteira com a Síria foram danificadas e sofreram "imperfeições mecânicas", reconheceram nesta sexta-feira os analistas russos que investigam o incidente.
"Infelizmente, as placas-mãe resultaram um pouco danificadas", disse Andrei Semionov, especialista do departamento de segurança de voos da força aérea da Rússia, que realizou hoje a abertura das caixas-pretas.
Semionov reconheceu que "houve uma deformação das placas-mãe" e que dois dos 16 micro-esquemas "carecem de informação de voo", embora o módulo não tenha sido afetado pelo fogo, o que facilitará seu deciframento.
Apesar de tudo, assegurou que os investigadores efetuarão radiografias, "o que permitirá achar a imperfeição nos 16 micro-esquemas do módulo de memória" das caixas-pretas do aparelho.
Além disso, Semionov destacou que, para garantir a imparcialidade da investigação, o módulo de memória foi introduzido em uma caixa-forte selada por delegados do Comitê de Aviação, a comissão investigadora e observadores internacionais.
A esse respeito, o general Sergei Dronov, subchefe do Estado-Maior das Forças Aéreas, garantiu que, por ordem do presidente russo, Vladimir Putin, o deciframento das caixas-pretas "será o mais aberto possível" e contará com a participação de especialistas de uma dúzia de países.
O general insistiu que as forças aéreas "dispõem de toda a informação necessária, que confirma a ausência de dados sobre a violação do espaço aéreo turco por parte do avião russo".
"De todas as formas, o SU-24 não representava nenhuma ameaça para a Turquia ou seus cidadãos", acrescentou.
Por sua vez, Semionov ressaltou que a cauda do SU-24, onde se encontravam armazenadas as caixas-pretas, foi atingida por um míssil lançado por um caça F-16 turco.
Segundo a investigação, que promete publicar suas conclusões na próxima segunda-feira, o SU-24 voou durante 40 minutos em sua última missão contra as posições jihadistas antes de ser abatido por um caça turco na fronteira com a Síria.
Em sua entrevista coletiva anual, Putin voltou a dizer ontem que a derrubada do SU-24 foi uma "punhalada nas costas".
"Para que fizeram isso? Não entendo. Por acaso pensavam que íamos sair fugindo? Certamente que não. A Rússia não é desses. Se antes a aviação turca voava e violava permanentemente o espaço aéreo da Síria, que voem agora (que a Rússia instalou baterias antiaéreas S-400 em solo sírio)", advertiu.
O chefe do Kremlin afirmou que é "praticamente impossível" chegar a um acordo com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que se nega a desculpar-se pela derrubada do avião, como exige Moscou.
Como represália, Putin ordenou a adoção de sanções econômicas contra a Turquia, como a suspensão de voos charter, a imposição de vistos, o congelamento de acordos comerciais e o embargo a verduras e frutas.
Além disso, acusou a Turquia de derrubar o avião russo para proteger as vias de provisão do petróleo que o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) extrai nos territórios sob seu controle na Síria e no Iraque, o que foi negado categoricamente por Erdogan.