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Da Redação
Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.
O presidente americano George W. Bush lançou nesta semana sua campanha pela reforma previdenciária. Segundo The Wall Street Journal desta terça-feira (7/12), as pressões pela demissão do secretário do Tesouro, John Snow, podem ser explicadas, em parte, pela necessidade de encontrar um bom articulador para que a revisão da seguridade social proposta por Bush seja aprovada por deputados e senadores.
Ontem, Bush reuniu-se com os líderes republicano e democrata no Congresso para apresentar as medidas. Entre outras coisas, o presidente reeleito quer autorização para que os cidadãos americanos direcionem livremente parte das contribuições previdenciárias incidentes sobre os salários para contas particulares de investimentos. Em vez de deixar todo o dinheiro nas mãos do governo, explica o jornal, uma parcela dos recursos será controlada diretamente pelos contribuintes. Em compensação, haverá uma redução no volume dos benefícios garantidos que eles receberiam pelo sistema atual.
No período de transição, o governo buscaria empréstimos para financiar os benefícios correntes dos já aposentados. O custo estimado da mudança seria de 1 trilhão a 2 trilhões de dólares nos próximos dez anos. Mesmo políticos republicanos estariam, porém, preocupados com as reações dos mercados e da opinião pública a um forte endividamento justo quando o governo incorre em déficits anuais gigantescos.
Indefinição
A demora em definir a permanência ou a substituição de Snow também preocupa. "É algo prejudicial à nossa credibilidade financeira, em um momento em que o dólar está sob pressão", diz o vice-presidente da Goldman Sachs, Robert Hormats.
Segundo The Wall Street Journal, para resolver a troca de titulares da secretaria, Bush pode convocar algum assessor de confiança da Casa Branca ou convidar alguém conhecido de fora, com prestígio suficiente para reunir apoio a seus planos. A ambiciosa agenda do segundo mandato, diz o jornal, demanda alguém que seja capaz de persuadir tanto o Congresso quanto os mercados sobre os méritos das novas abordagens.