Buscas por corpos de imigrantes continuam na costa da Itália
O governo anunciou que já foram recuperados 111 corpos dos imigrantes que morreram ontem, mas o número ainda não é definitivo
Da Redação
Publicado em 4 de outubro de 2013 às 06h56.
Roma - O ministro do Interior da Itália, Angelino Alfano, anunciou nesta sexta-feira que já foram recuperados 111 corpos dos imigrantes que morreram ontem, após o naufrágio da embarcação na qual viajavam perto da ilha de Lampedusa, mas advertiu que o número ainda não é definitivo.
Além disso, manifestou que espera que a União Europeia se dê conta de que eventos como esse não são um "um drama apenas italiano, mas europeu".
As tarefas das equipes de resgate continuam hoje para recuperar dezenas de corpos que estão presos entre os destroços da embarcação naufragada.
As equipes de mergulhadores e barcos dos serviços de socorro retomaram no começo da manhã os trabalhos de busca, em um dia que a Itália decretou luto nacional.
Os destroços da embarcação, que saiu da Líbia com cerca de 500 pessoas a bordo, estão perto do litoral da ilha de Lampedusa e a cerca de 40 metros de profundidade.
Por outro lado, alguns corpos que já foram recuperados, que ontem estavam amontoados nos píeres da pequena ilha do Mediterrâneo, foram transferidos aos hangares do edifício da Aeronáutica.
Segundo alguns dos sobreviventes, que chegam a 150 e vêm de países como Eritréia e Somália, a embarcação pegou fogo e acabou afundando depois que os próprios imigrantes ilegais acenderam uma pequena chama para servir de sinalização e pedir ajuda.
A imprensa italiana repercutiu hoje as declarações de algumas das pessoas que colaboraram no resgate dos imigrantes e explicaram as dificuldades que tiveram que superar para poder fazer o salvamento.
"Estavam cobertos de gasóleo, escorregavam das nossas mãos. Peguei uma mulher e não consegui segurá-la. Ela caiu enquanto eu pedia para que se segurasse. Ela me olhava e não dizia nada. Era possível perceber que não aguentava mais", explicaram ao jornal "Corriere della Sera" Raffaele e Domenico Colapinto que, a bordo de um barco pesqueiro, prestaram socorro a alguns dos imigrantes.
A tragédia, na qual morreram seis mulheres, duas delas grávidas e pelo menos quatro crianças, é a terceira em poucas semanas e voltou a evidenciar os problemas da imigração ilegal.
Além disso, houve algumas denúncias por omissão de socorro, já que testemunhos indicam que três barcos pesqueiros não prestaram socorro à embarcação quando esta estava em alto-mar.
Na Itália o fato despertou uma forte comoção e instituições e políticos se mostraram consternados com o incidente, expressando de forma unânime suas condolências. Por outro lado, pediram um fim para o contínuo drama humano que se vive no litoral do sul da Itália.
Roma - O ministro do Interior da Itália, Angelino Alfano, anunciou nesta sexta-feira que já foram recuperados 111 corpos dos imigrantes que morreram ontem, após o naufrágio da embarcação na qual viajavam perto da ilha de Lampedusa, mas advertiu que o número ainda não é definitivo.
Além disso, manifestou que espera que a União Europeia se dê conta de que eventos como esse não são um "um drama apenas italiano, mas europeu".
As tarefas das equipes de resgate continuam hoje para recuperar dezenas de corpos que estão presos entre os destroços da embarcação naufragada.
As equipes de mergulhadores e barcos dos serviços de socorro retomaram no começo da manhã os trabalhos de busca, em um dia que a Itália decretou luto nacional.
Os destroços da embarcação, que saiu da Líbia com cerca de 500 pessoas a bordo, estão perto do litoral da ilha de Lampedusa e a cerca de 40 metros de profundidade.
Por outro lado, alguns corpos que já foram recuperados, que ontem estavam amontoados nos píeres da pequena ilha do Mediterrâneo, foram transferidos aos hangares do edifício da Aeronáutica.
Segundo alguns dos sobreviventes, que chegam a 150 e vêm de países como Eritréia e Somália, a embarcação pegou fogo e acabou afundando depois que os próprios imigrantes ilegais acenderam uma pequena chama para servir de sinalização e pedir ajuda.
A imprensa italiana repercutiu hoje as declarações de algumas das pessoas que colaboraram no resgate dos imigrantes e explicaram as dificuldades que tiveram que superar para poder fazer o salvamento.
"Estavam cobertos de gasóleo, escorregavam das nossas mãos. Peguei uma mulher e não consegui segurá-la. Ela caiu enquanto eu pedia para que se segurasse. Ela me olhava e não dizia nada. Era possível perceber que não aguentava mais", explicaram ao jornal "Corriere della Sera" Raffaele e Domenico Colapinto que, a bordo de um barco pesqueiro, prestaram socorro a alguns dos imigrantes.
A tragédia, na qual morreram seis mulheres, duas delas grávidas e pelo menos quatro crianças, é a terceira em poucas semanas e voltou a evidenciar os problemas da imigração ilegal.
Além disso, houve algumas denúncias por omissão de socorro, já que testemunhos indicam que três barcos pesqueiros não prestaram socorro à embarcação quando esta estava em alto-mar.
Na Itália o fato despertou uma forte comoção e instituições e políticos se mostraram consternados com o incidente, expressando de forma unânime suas condolências. Por outro lado, pediram um fim para o contínuo drama humano que se vive no litoral do sul da Itália.