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Burkina Faso tem segundo golpe militar em menos de um ano

Os golpistas impuseram um toque de recolher na capital e fecharam as fronteiras terrestres e aéreas do país

Burkina Faso: Constituição foi suspensa e o Parlamento, dissolvido. (Joe Penney/Reuters)

Burkina Faso: Constituição foi suspensa e o Parlamento, dissolvido. (Joe Penney/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de outubro de 2022 às 10h24.

O chefe da junta militar que governava Burkina Faso, tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba, foi deposto nesta sexta-feira, 30, no segundo golpe militar no país em menos de um ano.

Os golpistas impuseram um toque de recolher na capital e fecharam as fronteiras terrestres e aéreas do país. A Constituição foi suspensa e o Parlamento, dissolvido.

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Após um dia marcado por tiroteios no bairro onde fica a sede da presidência em Uagadugu, cerca de quinze soldados, alguns com os rostos cobertos, fizeram um pronunciamento na televisão estatal.

"O tenente-coronel Damiba foi destituído de suas funções de presidente do Movimento Patriótico para a Salvaguarda e a Restauração (MPSR, órgão dirigente da junta), declararam os militares em um comunicado lido por um capitão.

O novo homem forte do país, indicado pelo presidente do MPSR, é agora o capitão Ibrahim Traoré, completou o oficial.

Os militares citaram a degradação contínua da situação de segurança no país para justificar o golpe.

Em janeiro, o tenente-coronel Damiba derrubou o presidente eleito Roch Marc Christian Kaboré e prometeu melhorar a segurança no país, que sofre com ataques de terroristas islâmicos que atuam em algumas províncias ao norte. 

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