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Brasil e Chile tentam recuperar veículos roubados da Bolívia

A presidente da Alfândega, Marlene Ardaya, indicou que a tramitação é coordenada entre a Chancelaria e a Procuradoria da Bolívia com as de países vizinhos


	O programa de legalização de automóveis imigrantes ilegais beneficiou 69.405 unidades
 (George Bosela/SXC)

O programa de legalização de automóveis imigrantes ilegais beneficiou 69.405 unidades (George Bosela/SXC)

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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2012 às 19h32.

La Paz - As autoridades do Brasil e do Chile são as que mais avançaram nos trâmites para recuperar os automóveis roubados em seus países, que foram encontrados na Bolívia há um ano durante uma anistia decretada pelo presidente Evo Morales para veículos de contrabando, informou nesta terça-feira a Alfândega boliviana.

A presidente da Alfândega, Marlene Ardaya, indicou à Agência Efe que a tramitação é coordenada entre a Chancelaria e a Procuradoria da Bolívia com as de países vizinhos, mas que são as do Brasil e do Chile as que tiveram mais avanços nas gestões que serão concluídas nos próximos dias para definir a devolução dos automóveis.

Marlene disse que a Direção de Prevenção de Roubo de Veículos da Polícia (Diprove) tem em seu poder 1.658 veículos roubados de países vizinhos da Bolívia, que faz fronteira com a Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Peru.

Marlene citou o número em um relatório ao presidente Evo Morales durante um ato realizado na cidade de Oruro, no qual as Forças Armadas entregaram à Alfândega centenas de outros veículos confiscados de contrabandistas durante este ano.

Há um ano, as nações vizinhas da Bolívia reportaram que nas listas dos veículos que seriam legalizados no marco da anistia aprovada por Morales havia pelo menos 8 mil automóveis roubados, mas a polícia só pôde confiscar 1.658.

O programa de legalização de automóveis imigrantes ilegais beneficiou 69.405 unidades, mas outros milhares foram excluídos do programa, entre eles os confiscados por roubos.


Morales admitiu que a anistia para os automóveis ilegais teve um 'custo político profundo' para o governo e para ele mesmo, no entanto justificou que deu esse passo porque a maior parte dos beneficiados era a população mais pobre.

O presidente rejeitou a possibilidade de aplicar uma nova anistia para veículos ilegais provenientes de contrabando e por isso, segundo lembrou, discursou há um mês para o povo de Challlapata, que funcionava como uma base para os contrabandistas.

O exército entregou à Alfândega, nesta terça-feira, 386 veículos confiscados, que serão distribuídos entre as entidades do Estado, enquanto os agentes policiais do Controle Operacional Alfandegário confiscaram, por sua vez, 918 automóveis, segundo os números divulgados por Marlene.

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