BP vê progresso em operação para conter vazamento
A British Petroleum (BP) encontrou somente um pequeno problema no sábado à noite e continua "satisfeita com os progressos" no segundo dia do seu novo esforço para conter o óleo que está vazando de um poço danificado no Golfo do México, disse o vice-presidente da BP, Kent Wells, na manhã deste domingo. A BP trabalha […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h10.
A British Petroleum (BP) encontrou somente um pequeno problema no sábado à noite e continua "satisfeita com os progressos" no segundo dia do seu novo esforço para conter o óleo que está vazando de um poço danificado no Golfo do México, disse o vice-presidente da BP, Kent Wells, na manhã deste domingo.
A BP trabalha para instalar uma nova tampa sobre o poço, que está expelindo óleo desde o dia 20 de abril. No sábado, robôs que atuam em áreas submersas realizaram a delicada tarefa de remover a vedação usada anteriormente no poço, o que aumentará temporariamente o vazamento de óleo. Nesse domingo, a BP planeja instalar uma peça de transição que permitirá à colocação de uma nova tampa sobre o poço, destacou Wells. O processo inteiro deverá levar de 3 a 6 dias para ser completado.
Enquanto isso, a companhia continua a trabalhar para colocar em operação uma terceira embarcação que será utilizada para armazenar o óleo, a Helix Producer. No entanto, durante uma inspeção na noite de ontem, os trabalhadores da petroleira encontraram e corrigiram um defeito no navio, o único problema reportado pela empresa desde que retomou a operação ao meio-dia.
A companhia acredita que a Helix Producer começará a coletar o óleo na noite deste domingo pela primeira vez desde que se aproximou do poço há duas semanas, declarou o executivo.
Embora não tenha uma tampa sobre o poço, a BP ainda está desviando o óleo através de um sistema separado e queimando-o a partir de um navio, o Q4000, que se encontra na superfície próximo ao poço, situado ao largo da costa da Louisiana, nos EUA. A BP vem tentando interromper o vazamento há mais de 12 semanas, depois que a plataforma petrolífera alugada da Transocean explodiu e afundou. O vazamento atingiu a costa de pelo menos quatro Estados, matando animais marinhos e aves.
<hr> <p class="pagina">Nas últimas semanas, o sistema Q4000 tem sido capaz de remover do Golfo cerca de 25 mil barris de petróleo por dia. O novo sistema, somado a outras medidas, permitirá a recuperação de 60 a 80 mil barris por dia, em duas ou três semanas, de acordo com Wells. Cientistas federais e independentes estimam que entre 35 e 60 mil barris de petróleo por dia tenham vazado para o Golfo.<br><br>No sábado, a BP recuperou cerca de 15,2 mil barris. Aproximadamente 7 mil barris de petróleo foram coletados pelo navio Discoverer Enterprise, da Transocean. Trata-se de volume menor do que no dia anterior, porque o Discoverer Enterprise foi desconectado para remover a tampa sobre o poço. A BP também queimou cerca de 8,1 mil barris de petróleo a bordo do Q4000.<br><br><strong>Ajuda às vítimas<br></strong><br>O administrador do fundo de US$ 20 bilhões criado para indenizar as vítimas do vazamento, Kenneth Feinberg, nomeado pela Casa Branca no mês passado para supervisionar o processo, afirmou não saber se o montante será suficiente para ajudar todos os prejudicados. Segundo reportagem do Wall Street Journal, Feinberg disse que, como o óleo continua vazando, não é possível ter certeza se todos os pedidos legítimos seriam atendidos.<br><br>"Enquanto o óleo não parar (de vazar), não saberemos qual será sua difusão. Portanto, não sabemos se alguém que ainda não foi afetado hoje será na semana que vem", declarou à rede de TV americana CNN. "Quando o petróleo parar, acredito que conseguiremos lidar rapidamente com a compreensão dos pedidos da população."</p>