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BP pode pagar por vazamento, diz chanceler britânico

George Osborne afirmou à rádio BBC que a petrolífera tem força financeira para criar o fundo de US$ 20 bi pedido por Obama

George Osborne, chanceler britânico: dinheiro de indenização pode ser usado porque BP deixou de lado essa soma significativa para ter os recursos (.)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.

Londres - O grupo petroleiro britânico BP é uma empresa muito forte e que conta com os meios necessários para criar o fundo de 20 bilhões de dólares prometido para indenizar as vítimas da maré negra no Golfo do México, afirmou nesta quinta-feira o chanceler britânico George Osborne.

"A BP e, afinal de contas, uma empresa muito forte", afirmou Osborne à rádio BBC, quando indagado sobre os 20 bilhões de que a BP deverá dispor para esse objetivo.

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"A BP colocou esse dinheiro de lado, uma considerável soma de dinheiro, e tem os recursos necessários", acrescentou.

Na véspera, o presidente Barack Obama conseguiu que os dirigentes da BP, convocados na Casa Branca, aceitassem criar um fundo de 20 bilhões de dólares para indenizar as vítimas da mancha de óleo que se estende no Golfo do México.

"Fico contente em anunciar que a BP concorda em colocar 20 bilhões de dólares em uma conta para responder aos pedidos de indenização por esta contaminação", disse Obama depois de uma audiência de mais de quatro horas com dirgentes da empresa britânica, na Casa Branca.

"Esses 20 bilhões de dólares darão a segurança necessária para que as exigências de pessoas e empresas sejam honradas", disse Obama, completando que "é importante destacar que isso (o montante do fundo) não é um teto" e que a cifra poderá aumentar.

"Dou minha palavra à população do Golfo (do México), a BP assumirá suas obrigações", afirmou o presidente, qualificando a reunião com os diretores da BP de "construtiva".


A BP também aceitou a criação de outro fundo de 100 milhões de dólares destinado aos operários do setor de petróleo despedidos por conta da mancha de óleo, informou o presidente.

Os 20 bilhões de dólares serão supervisionados pelo advogado Kenneth Feinberg, que havia sido encarregado das indenizações às vítimas do 11 de setembro, segundo afirmou à AFP uma fonte próxima ao tema.

A conta será gerida de forma independente durante vários anos com o objetivo de responder aos pedidos de indenização de indivíduos e empresas afetados pela catástrofe.

A BP afirmou na segunda-feira já ter gastado 1,6 bilhão de dólares para lutar contra as consequências da catástrofe, mas especialistas afirmam que o custo final poderá chegar a 100 bilhões de dólares.

Na terça-feira, as autoridades revisaram para cima o nível de contaminação, estimando que até 60.000 barris de petróleo estão sendo derramados diariamente no mar, ou seja, 50% mais que o estimado anteriormente.

São então de 300 milhões a 500 milhões os litros de hidrocarbonetos que vazaram do poço há oito semanas da explosão da plataforma.


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