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BP espera encontrar solução definitiva em breve

Nova Orleans - A BP disse nesta quarta-feira esperar poder colocar um ponto final definitivo no vazamento responsável pela maré negra no Golfo do México em breve, seja através de poços secundários ou da cimentação do poço principal, paralelamente a boatos sobre a demissão do diretor-geral do grupo, Tony Hayward. A administração americana autorizou nesta […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h11.

Nova Orleans - A BP disse nesta quarta-feira esperar poder colocar um ponto final definitivo no vazamento responsável pela maré negra no Golfo do México em breve, seja através de poços secundários ou da cimentação do poço principal, paralelamente a boatos sobre a demissão do diretor-geral do grupo, Tony Hayward.

A administração americana autorizou nesta quarta-feira que a BP continuasse os testes com o funil colocado acima do poço na semana passada, que ajudou a paralisar o vazamento diário de milhões de litros de petróleo no Golfo do México.

"Ao longo dos testes, nenhuma anomalia foi constatada, o que reforça a nossa certeza" de que o desfecho está próximo, declarou o vice-presidente da BP, Kent Wells.

As equipes do grupo petroleiro trabalham ativamente em duas soluções que possibilitarão o fim do vazamento de petróleo de forma permanente: a perfuração de dois poços secundários e o desenvolvimento de uma nova operação, batizada de "Static Kill", que consiste na injeção de uma mistura de água e resíduos sólidos no topo do poço antes de selá-lo com cimento.

"Os poços secundários estão exatamente onde queríamos e posicionados na direção certa", precisou Kent Wells, durante uma coletiva de imprensa na terça-feira.

A conexão entre o poço principal e os de segurança "está prevista para o final de julho", acrescentou Wells.

A operação "Static Kill" pode "levar alguns dias ou semanas".


O almirante Thad Allen, que dirige as operações contra o derramamento de óleo para a administração americana, destacou que a preparação desta segunda solução estava ainda em sua fase inicial e que só a conclusão dos poços secundários colocaria um ponto final ao vazamento.

Se o poço for permanentemente bloqueado, o diretor-geral da BP, Tony Hayward, criticado por sua gestão de crise, deve deixar o grupo antes do dia 1º de outubro, afirmou o Times nesta quarta-feira.

Segundo o diário londrino, que diz basear a informação em relatos de fontes próximas ao grupo britânico, a sua partida poderia coincidir com o anúncio de uma nova estratégia, chamada de "Future BP", para restaurar a reputação do grupo e protegê-lo de uma oferta pública de aquisição (OPA) hostil de um concorrente.

O americano Robert Dudley, que já substituiu Hayward na gestão da luta contra a maré negra, é visto internamente como seu provável sucessor, acredita o Times.

O fim do vazamento de petróleo, provocado pelo naufrágio no dia 22 de abril da plataforma Deepwater Horizon, não significará, no entanto, o fim do pesadelo para os habitantes dos estados banhados pelas águas do Golfo do México.

Em um estudo divulgado na terça-feira, a agência de classificação Moody's estimou que, mesmo se o vazamento for interrompido em curto prazo, este geraria uma perda de pelo menos 1,2 bilhão de dólares em negócios e o desaparecimento de 17 mil postos de trabalho na região do golfo, até o final do ano.

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