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Bombardeios estão contendo extremistas em Kobane, dizem EUA

A Casa Branca afirmou que a estratégia global contra o EI "funciona" e lembrou que é "um esforço de longo prazo"

Refugiados de Kobani: cidade é cenário há dias de luta rua a rua crucial aos curdos (Umit Bektas/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2014 às 18h31.

Os Estados Unidos afirmaram nesta terça-feira que o avanço do grupo Estado Islâmico (EI) na cidade curda de Kobani, na Síria , foi contido graças a 21 bombardeios em 48 horas, enquanto uma reunião foi realizada em Washington por integrantes da coalizão anti-jihadista.

Dois meses depois do início dos ataques no Iraque e passadas três semanas desde o primeiros ataques aéreos em território sírio, a Casa Branca afirmou que a estratégia global contra o EI "funciona" e lembrou que é "um esforço de longo prazo".

O EI ocupa a metade de Kobani, na fronteira com a Turquia, cenário há dias de uma luta rua a rua crucial para os curdos, que querem manter sua autonomia de combate na Síria e evitar as atrocidades desse grupo.

"Os intensos bombardeios contra alvos precisos do EI conseguiram conter o avanço jihadista", disse o diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahman, afirmando que pesados combates estão sendo travados no centro da cidade.

Os curdos conseguiram conquistar uma colina no oeste e tiraram a bandeira negra do EI, constatou a AFP presente no lado turco da fronteira.

Atentado e avanços do EI no Iraque

No Iraque, o grupo extremista sunita também ocupa amplas faixas territoriais no oeste do país, onde está perto de conquistar a província de Al-Anbar.

"O EI controla 85% de Al-Anbar", explicou o número dois do Conselho Provincial, Faleh al-Issawi.

Os soldados iraquianos abandonaram seu acampamento perto de Heet, um dos últimos redutos do governo em Al-Anbar, agora em poder dos extremistas.

O cerco também está se fechando em Ramadi, capital da região onde o grupo ultra-radical já controla bairros inteiros.

"Se a situação continuar do mesmo jeito, sem a intervenção das forças terrestres estrangeiras nos próximos dez dias, a próxima batalha será travada nas portas de Bagdá", alertou Al-Issawi.

Na capital iraquiana, um ataque suicida em um bairro xiita matou 21 pessoas, entre elas um deputado xiita. O atentado foi reivindicado pelo EI.

EUA e Rússia trocarão informações

Como parte do esforço conjunto da coalizão internacional, o secretário de Estado americano, John Kerry, anunciou nesta terça que ele e seu homólogo russo, Serguei Lavrov, decidiram intensificar as trocas de informações sobre o EI.

"Nenhum país civilizado pode deixar de lado a responsabilidade de combatê-lo", explicou Kerry em uma entrevista coletiva à imprensa em Paris ao lado de Lavrov.

Estados Unidos e Rússia estão em lados opostos em relação ao conflito na Síria, que devasta esse país árabe há três anos. Enquanto o governo americano apoia a oposição, os russos são um dos maiores aliados do regime do presidente Bashar al-Assad.

Para avaliar a estratégia de combate ao grupo, os chefes militares dos 22 países da coalizão iniciaram discussões na base Andrews, perto de Washington.

"Esta reunião é a oportunidade de avaliar os progressos da coalizão até hoje", disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.

O presidente Barack Obama deve se juntar às autoridades militares para discutir "medidas adicionais que a coalizão pode tomar para enfraquecer e destruir" o EI, acrescentou.

Nenhuma decisão de grande importância deve ser anunciada depois desta reunião, considerada uma oportunidade para expor os diferentes pontos de vista sobre a crise na Síria.

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Os Estados Unidos afirmaram nesta terça-feira que o avanço do grupo Estado Islâmico (EI) na cidade curda de Kobani, na Síria , foi contido graças a 21 bombardeios em 48 horas, enquanto uma reunião foi realizada em Washington por integrantes da coalizão anti-jihadista.

Dois meses depois do início dos ataques no Iraque e passadas três semanas desde o primeiros ataques aéreos em território sírio, a Casa Branca afirmou que a estratégia global contra o EI "funciona" e lembrou que é "um esforço de longo prazo".

O EI ocupa a metade de Kobani, na fronteira com a Turquia, cenário há dias de uma luta rua a rua crucial para os curdos, que querem manter sua autonomia de combate na Síria e evitar as atrocidades desse grupo.

"Os intensos bombardeios contra alvos precisos do EI conseguiram conter o avanço jihadista", disse o diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahman, afirmando que pesados combates estão sendo travados no centro da cidade.

Os curdos conseguiram conquistar uma colina no oeste e tiraram a bandeira negra do EI, constatou a AFP presente no lado turco da fronteira.

Atentado e avanços do EI no Iraque

No Iraque, o grupo extremista sunita também ocupa amplas faixas territoriais no oeste do país, onde está perto de conquistar a província de Al-Anbar.

"O EI controla 85% de Al-Anbar", explicou o número dois do Conselho Provincial, Faleh al-Issawi.

Os soldados iraquianos abandonaram seu acampamento perto de Heet, um dos últimos redutos do governo em Al-Anbar, agora em poder dos extremistas.

O cerco também está se fechando em Ramadi, capital da região onde o grupo ultra-radical já controla bairros inteiros.

"Se a situação continuar do mesmo jeito, sem a intervenção das forças terrestres estrangeiras nos próximos dez dias, a próxima batalha será travada nas portas de Bagdá", alertou Al-Issawi.

Na capital iraquiana, um ataque suicida em um bairro xiita matou 21 pessoas, entre elas um deputado xiita. O atentado foi reivindicado pelo EI.

EUA e Rússia trocarão informações

Como parte do esforço conjunto da coalizão internacional, o secretário de Estado americano, John Kerry, anunciou nesta terça que ele e seu homólogo russo, Serguei Lavrov, decidiram intensificar as trocas de informações sobre o EI.

"Nenhum país civilizado pode deixar de lado a responsabilidade de combatê-lo", explicou Kerry em uma entrevista coletiva à imprensa em Paris ao lado de Lavrov.

Estados Unidos e Rússia estão em lados opostos em relação ao conflito na Síria, que devasta esse país árabe há três anos. Enquanto o governo americano apoia a oposição, os russos são um dos maiores aliados do regime do presidente Bashar al-Assad.

Para avaliar a estratégia de combate ao grupo, os chefes militares dos 22 países da coalizão iniciaram discussões na base Andrews, perto de Washington.

"Esta reunião é a oportunidade de avaliar os progressos da coalizão até hoje", disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.

O presidente Barack Obama deve se juntar às autoridades militares para discutir "medidas adicionais que a coalizão pode tomar para enfraquecer e destruir" o EI, acrescentou.

Nenhuma decisão de grande importância deve ser anunciada depois desta reunião, considerada uma oportunidade para expor os diferentes pontos de vista sobre a crise na Síria.

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