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Bombardeios em Sana deixam pelo menos 15 civis mortos

Os ataques destruíram três imóveis no bairro Al Qasaba, onde as equipes de salvamento trabalham para resgatar sobreviventes sob os escombros


	Bombardeio da coalizão árabe em Sana: os ataques deixaram destroços em fachadas de edifícios e janelas, e suscitaram a ira do povo, que prometeu vingar a morte de seus parentes
 (AFP/ Mohammed Huwais)

Bombardeio da coalizão árabe em Sana: os ataques deixaram destroços em fachadas de edifícios e janelas, e suscitaram a ira do povo, que prometeu vingar a morte de seus parentes (AFP/ Mohammed Huwais)

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Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2015 às 09h16.

Sana - Pelo menos 15 civis, entre eles mulheres e crianças, morreram durante os bombardeios aéreos lançados pela coalizão árabe no norte da capital iemenita, Sana, que há um ano caiu em mãos dos rebeldes houthis.

Os ataques destruíram três imóveis no bairro Al Qasaba, onde as equipes de salvamento trabalham para resgatar sobreviventes sob os escombros, segundo pôde constatar a Agência Efe.

O alvo dos bombardeios foi a mansão do destacado xeque Sam al Ahmar, ocupada pelos rebeldes, que utilizavam este lugar como centro de treinamento para seus combatentes.

Segundo habitantes locais, os ataques deixaram destroços em fachadas de edifícios e janelas, e suscitaram a ira do povo, que prometeu vingar a morte de seus parentes.

Estes bombardeios ocorrem horas depois que ontem o líder do movimento rebelde xiita, Abdul Malik al Houthi, se comprometeu a continuar os combates contra as forças do presidente do país, Abdo Rabbo Mansour Hadi, e da coalizão liderada pela Arábia Saudita que apoia ao líder.

O dirigente rebelde realizou essa alocução por causa do primeiro aniversário do qual ele denominou "a revolução de 21 de setembro", o dia do ano passado no qual suas milícias invadiram Sana.

Nessa data, os rebeldes xiitas tomaram a sede do governo iemenita e o edifício da emissora de rádio oficial, de onde se retiraram os militares leais ao Executivo.

Também tomaram o controle da sede do comando da Sexta Região Militar, o quartel militar mais importante em Sana, e dos acessos ao Estado-Maior do Exército e ao Banco Central do Iêmen.

Esta pressão na capital forçou a renúncia do governo e a formação de um novo, que meses depois teve que fugir de Sana com destino à cidade meridional de Áden e em março ao exílio em Riad.

O primeiro-ministro iemenita, Khaled Bahah, retornou a Áden na semana passada com parte de seu Executivo para assumir suas funções nessa cidade, da qual suas tropas expulsaram em julho passado os houthis.

Os rebeldes, que controlam o norte do Iêmen, pegaram em armas após acusar Hadi e seu Executivo de entorpecer a aplicação do acordo de reconciliação alcançado por distintas forças iemenitas.

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