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Bombardeios contra festa de casamento deixa 21 mortos no Iêmen

Os bombardeios foram feitos pela coalizão árabe e atingiu uma festa de casamento na região de fronteira com a Arábia Saudita

Iêmen: a região é um dos principais redutos da milícia apoiado pelo Irã que enfrenta a coalizão árabe (REUTERS/Stringer NO RESALES. NO ARCHIVES./Reuters)
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EFE

Publicado em 23 de abril de 2018 às 09h46.

Última atualização em 23 de abril de 2018 às 11h44.

Sana - Pelo menos 21 pessoas morreram e 57 ficaram feridas por bombardeios da coalizão árabe, capitaneada pela Arábia Saudita, contra uma festa de casamento realizada na noite de domingo na província de Haja , no extremo noroeste do país.

Fontes ligadas aos serviços médicos detalharam que ocorreram duas investidas de aviões de guerra sobre o local onde era realizada a festa, na aldeia de Al Raqqa, na região de Beni Qais, situada perto da fronteira com a Arábia Saudita, causando inclusive a morte de várias crianças.

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O diretor do departamento de Saúde regional, Ayman Madkur, disse à Agência Efe que 36 crianças foram vítimas do ataque, mas não especificou o número de mortos e feridos entre os menores.

A única mulher ferida foi a noiva, cujo nome não foi divulgado e que se encontra hospitalizada em um centro médico de Beni Qais. No momento dos dois ataques não havia mais mulheres no lugar da comemoração, segundo o responsável pelo departamento de Saúde. O noivo, identificado como Bassam Jaafar, também ficou ferido e foi internado no hospital Republicano de Haja, a capital provincial.

A ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) informou que 45 feridos estão sendo atendidos no Hospital Republicano - apoiado pela organização na cidade de Haja -, onde estão 13 crianças. Alguns dos feridos estão em "uma situação muito crítica", declarou a coordenadora da MSF em Haja, Sally Thomas, pelo Twitter.

O noroeste do Iêmen é um dos principais redutos da milícia houthi, grupo rebelde xiita apoiado pelo Irã que enfrenta a coalizão árabe.

Os bombardeios da coalizão em casamentos e enterros, assim como contra outros alvos civis, foram ocasionais desde o início da intervenção da aliança no conflito, em março de 2015.

O ataque mais grave desse tipo aconteceu em setembro de 2015, ao causar a morte de pelo menos 131 pessoas e deixar dezenas de feridos em um bombardeio em um casamento na província de Taiz, no sudoeste do país.

A ONU responsabiliza os bombardeios da coalizão árabe - o principal apoio ao presidente Abdo Rabu Mansour Hadi - pela maioria das mortes de civis no conflito.

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