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Bombardeio dos EUA deixa 15 civis mortos no Afeganistão

A Unama condenou em comunicado "a morte de pelo menos 15 homens civis e pelo menos outros 13 feridos, incluído uma criança, no bombardeio", ocorrido ontem

Ataque no Afeganistão: a Unama ressaltou que as forças americanas no Afeganistão confirmaram o ataque (Reuters/Omar Sobhani)
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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2016 às 14h47.

 Cabul - A Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão (Unama) afirmou nesta quinta-feira que foram pelo menos 15 os civis <a href="https://exame.com.br/topicos/mortes"><strong>mortos</strong></a>, e não somente quatro, no ataque de um drone americano contra o Estado Islâmico (<a href="https://exame.com.br/topicos/estado-islamico"><strong>EI</strong></a>) no <a href="https://exame.com.br/topicos/afeganistao"><strong>Afeganistão </strong></a>e reivindicou uma investigação do incidente.</p> 

A Unama condenou em comunicado "a morte de pelo menos 15 homens civis e pelo menos outros 13 feridos, incluído uma criança, no bombardeio", ocorrido ontem.

"Na manhã de 28 de setembro, um avião não-tripulado das forças internacionais realizou um bombardeio, supostamente contra membros do EI, que atingiu a casa de um civil matando pelo menos 15 deles", indicou.

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As pessoas que morreram estavam reunidas em uma aldeia para comemorar o retorno de um dos membros mais velhos do grupo de uma peregrinação a Meca e estavam dormindo quando o ataque aconteceu. A Unama ressaltou que as forças americanas no Afeganistão confirmaram o ataque, mas não deram detalhes, ao afirmar que ainda estavam recebendo informações.

A missão da ONU reivindicou ao governo afegão e às forças internacionais "uma rápida, independente, imparcial, transparente e efetiva investigação do incidente".

As autoridades da província de Nangarhar, onde aconteceu o bombardeio, elevaram hoje a 22 o número de mortos e disseram que as primeiras investigações indicam que 18 deles eram membros do Estado Islâmico (EI) e quatro eram civis.

"A quantidade de civis mortos ainda não é definitiva, já que nossa investigação está em andamento", indicou à Agência Efe o porta-voz do governador de Nangarhar, Attaullah Khogyanai.

O gabinete do governador disse em comunicado que o idoso, que também era líder tribal, está em estado crítico e é suspeito de ajudar o grupo jihadista EI.

Segundo a Unama, o conflito armado no Afeganistão matou no primeiro semestre de 2016 mais de 5.000 civis, um recorde desde que Nações Unidas começaram a contabilizar os mortos e feridos entre a população civil.

A província de Nangarhar é o principal reduto do EI no Afeganistão, embora sua presença tenha diminuindo pela ação de tropas afegãs e internacionais.

Os Estados Unidos têm 9.800 militares no Afeganistão como parte de suas missões antiterroristas e de treinamento no país, dos que 8.400 ficarão mesmo depois do fim do mandato do presidente Barack Obama, que termina em janeiro do ano que vem.

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