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Bomba lançada de Mianmar causa morte de uma pessoa na China

O projétil foi lançado em uma área de conflito na zona fronteiriça entre os dois países

Mianmar: mais de 20 mil residentes da zona fronteiriça cruzaram recentemente a solo chinês fugindo dos combates (Soe Zeya Tun/Reuters)

Mianmar: mais de 20 mil residentes da zona fronteiriça cruzaram recentemente a solo chinês fugindo dos combates (Soe Zeya Tun/Reuters)

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EFE

Publicado em 13 de março de 2017 às 09h18.

Pequim - Um projétil lançado desde uma zona em conflito de Mianmar caiu em território chinês provocando a morte de um cidadão deste país, informou nesta segunda-feira a rede de televisão oficial "CCTV".

O projétil caiu na quinta-feira na cidade de Lincang, na província sulina chinesa de Yunnan, após a crescente escalada das tensões entre o Exército e uma coalizão de guerrilhas de minorias étnicas no nordeste birmanês, na zona fronteiriça com a China.

A isso uniu-se o falecimento no sábado de um professor chinês de 46 anos, apesar deste se encontrar no país vizinho, concretamente, no estado Shan, um dos mais afetados pela violência.

Segundo a fonte oficial, o professor, Guo Shaowei, morreu pelo impacto de uma bomba no centro de ensino no qual trabalhava, e acrescenta que outros cidadãos locais ficaram feridos, sem precisar o número.

Aparentemente, nenhum estudante estava na escola no momento do impacto.

Os conflitos armados que afetam várias zonas do oeste e nordeste de Mianmar causaram cerca de 140 mil deslocados, segundo dados das Nações Unidas.

A China, por sua vez, estima que mais de 20 mil residentes da zona fronteiriça cruzaram recentemente a solo chinês fugindo dos combates, e pediu às partes envolvidas que detenham a violência "de forma imediata".

Por enquanto, sete guerrilhas se distanciaram do plano de paz impulsionado pelo governo birmanês, liderado pela nobel da Paz Aung San Suu Kyi, apesar do Exército -que dispõe de amplos poderes e controle sobre o Executivo civil- manter sua ofensiva.

Uma maior autonomia é a reivindicação principal de quase todas as minorias étnicas de Mianmar -chin, kachin, karen, kokang, kayah, mon, rakain, shan e wa- e que juntas representam mais de 30% dos 48 milhões de habitantes do país.

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