Bolívia confirma asilo do Brasil a senador opositor
Governo acredita que medida possa ser revogada pela documentação judicial enviada a Brasília
Da Redação
Publicado em 14 de julho de 2012 às 15h47.
La Paz - O governo da Bolívia informou nesta quinta-feira ter recebido um comunicado oficial do Brasil sobre o asilo concedido ao senador opositor Roger Pinto, mas acredita que a medida possa ser revogada pela documentação judicial enviada a Brasília sobre o legislador abrigado há duas semanas na embaixada brasileira em La Paz.
O ministro das Relações Exteriores da Bolívia, David Choquehuanca, disse nesta quinta-feira aos jornalistas que recebeu a comunicação do governo Dilma Rousseff e responderá por vias oficiais, após vários dias alegando que estava à espera de uma confirmação brasileira sobre a medida.
O chanceler boliviano assinalou que, quando Pinto entrou na embaixada brasileira, entrou em contato com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, e lhe enviou toda a documentação sobre os processos que o senador enfrenta para que o país tome a decisão ''mais correta possível''.
Choquehuanca também ressaltou várias vezes que ''tudo é possível'' quando perguntado se acredita que o Brasil possa voltar atrás e revogar o asilo ao parlamentar de direita.
O ministro boliviano lembrou que, em 2006, o governo de La Paz revogou o asilo concedido a dois paraguaios após receber informações oficiais de Assunção sobre sua suposta participação no sequestro e assassinato de Cecilia, filha do ex-presidente paraguaio Raúl Cubas.
Segundo a argumentação de Choquehuanca, há normas internacionais sobre o merecimento de asilo e o Brasil deve avaliar a documentação e os pedidos na Bolívia para que Pinto não obtenha o benefício.
O presidente boliviano, Evo Morales, disse na quarta-feira que seria um equívoco se o Brasil confirmasse o asilo. Um dia antes, o vice-presidente boliviano, Álvaro García Linera, considerou a decisão como insensata porque, segundo ele, Pinto deve responder na Justiça por assassinato e desvio de dinheiro, entre outras acusações.
Senador pelo departamento de Pando, Pinto se queixou que enfrenta ''mais de 20 processos penais'', todos abertos por autoridades oficiais - ''e cada um mais descabelado que o outro''.
Setores da oposição e organismos de direitos humanos acusam Morales de manipular a maioria dos juízes e promotores, o que impede julgamentos justos e imparciais e levou dezenas de políticos e empresários a buscarem asilo ou refúgio no Brasil, Estados Unidos, Espanha, Paraguai e Peru.
Morales, por sua vez, alega que ''não há perseguição política'' na Bolívia, mas ''criminosos políticos'', e argumenta que ''quem quer fugir para outro país sabe que cometeu crimes''.
La Paz - O governo da Bolívia informou nesta quinta-feira ter recebido um comunicado oficial do Brasil sobre o asilo concedido ao senador opositor Roger Pinto, mas acredita que a medida possa ser revogada pela documentação judicial enviada a Brasília sobre o legislador abrigado há duas semanas na embaixada brasileira em La Paz.
O ministro das Relações Exteriores da Bolívia, David Choquehuanca, disse nesta quinta-feira aos jornalistas que recebeu a comunicação do governo Dilma Rousseff e responderá por vias oficiais, após vários dias alegando que estava à espera de uma confirmação brasileira sobre a medida.
O chanceler boliviano assinalou que, quando Pinto entrou na embaixada brasileira, entrou em contato com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, e lhe enviou toda a documentação sobre os processos que o senador enfrenta para que o país tome a decisão ''mais correta possível''.
Choquehuanca também ressaltou várias vezes que ''tudo é possível'' quando perguntado se acredita que o Brasil possa voltar atrás e revogar o asilo ao parlamentar de direita.
O ministro boliviano lembrou que, em 2006, o governo de La Paz revogou o asilo concedido a dois paraguaios após receber informações oficiais de Assunção sobre sua suposta participação no sequestro e assassinato de Cecilia, filha do ex-presidente paraguaio Raúl Cubas.
Segundo a argumentação de Choquehuanca, há normas internacionais sobre o merecimento de asilo e o Brasil deve avaliar a documentação e os pedidos na Bolívia para que Pinto não obtenha o benefício.
O presidente boliviano, Evo Morales, disse na quarta-feira que seria um equívoco se o Brasil confirmasse o asilo. Um dia antes, o vice-presidente boliviano, Álvaro García Linera, considerou a decisão como insensata porque, segundo ele, Pinto deve responder na Justiça por assassinato e desvio de dinheiro, entre outras acusações.
Senador pelo departamento de Pando, Pinto se queixou que enfrenta ''mais de 20 processos penais'', todos abertos por autoridades oficiais - ''e cada um mais descabelado que o outro''.
Setores da oposição e organismos de direitos humanos acusam Morales de manipular a maioria dos juízes e promotores, o que impede julgamentos justos e imparciais e levou dezenas de políticos e empresários a buscarem asilo ou refúgio no Brasil, Estados Unidos, Espanha, Paraguai e Peru.
Morales, por sua vez, alega que ''não há perseguição política'' na Bolívia, mas ''criminosos políticos'', e argumenta que ''quem quer fugir para outro país sabe que cometeu crimes''.