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Bloqueios em vias na Bolívia se intensificam para evitar possível prisão de Evo Morales

Apoiadores do ex-presidente protestam contra investigação desde segunda-feira

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 15 de outubro de 2024 às 10h47.

Última atualização em 15 de outubro de 2024 às 10h48.

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Agricultores que apoiam do ex-presidente Evo Morales intensificaram, nesta terça-feira, 15, os bloqueios de estradas da Bolívia para evitar a provável prisão do ex-mandatário, investigado pelo suposto abuso de uma menor durante seu mandato em 2015. O governo convocou conversas com Morales na segunda-feira, mas sem sucesso.

Os protestos para proteger Morales começaram na segunda-feira, dia que terminou com pelo menos seis presos. À frente dos bloqueios está o Pacto de Unidade (Pacto de Unidad), uma coalizão de organizações próximas ao ex-presidente de 64 anos, que está se mobilizando “para proteger a liberdade, a integridade e (impedir) o sequestro” de Morales, conforme anunciado em um manifesto.

Com pedras e terra, os manifestantes bloquearam o tráfego nas rodovias que conectam Cochabamba, no centro do país, com as cidades de La Paz, Sucre (sul) e Santa Cruz (leste), segundo a estatal Autoridade Boliviana de Rodovias (ABC).

Em Paratono, um povoado que conecta Cochabamba com La Paz, foram registrados pelo segundo dia consecutivo confrontos entre civis e partidários de Morales e a polícia, sem confirmação de feridos. Nesta terça-feira, a ABC reportou duas novas rotas bloqueadas, que se somam às três de segunda-feira.

Os civis usaram pedras, fogos de artifício e fogueiras, e a polícia respondeu com gás lacrimogêneo, de acordo com as imagens da televisão Unitel.

Entenda o caso

Morales, o primeiro indígena a governar a Bolívia entre 2006 e 2019, está sendo investigado pelos crimes de “estupro e tráfico de pessoas”.

Na quinta-feira, ele não cumpriu uma intimação do Ministério Público do departamento de Tarija para depor, o que poderia levar as autoridades a ordenar sua prisão.

Agora um opositor do governo de seu ex-ministro Luis Arce, o ex-presidente chama o caso de “mais uma mentira” que foi investigada e arquivada pelo sistema judiciário em 2020.

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