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BloomEnergy cria eletricidade a partir de O2

Coca Cola, Google, eBay e WalMart estão entre os primeiros clientes de um produto que, surgido nos corredores da NASA, pretende revolucionar o mercado de eletricidade

Bloom Box, as células usadas em servidor de energia (.)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h48.

Trata-se de uma célula de energia capaz de converter oxigênio e praticamente qualquer tipo de combustível, renovável ou não, em eletricidade.

A BloomBox foi lançada hoje nos Estados Unidos pela empresa Bloom Energy, que criou suspense por semanas em torno de seu novo servidor.

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Chamado de Bloom Energy Server, ele promete energia mais limpa, barata e independência da rede elétrica. Cada servidor fornece 100 kilowatts (kW) de energia, ocupando mais ou menos o tamanho de uma vaga de estacionamento. Isso seria o suficiente para abastecer cerca de 100 casas - embora, por enquanto, ele só esteja disponível para empresas.

Sua arquitetura modular permite adição de mais servidores, lado a lado, sem a necessidade de grandes mudanças. A Bloom Energy garante que, com a economia alcançada, o retorno no investimento é de 3 a 5 anos.

A expectativa é que entre 5 e 10 anos os servidores também estejam disponíveis para o mercado residencial por menos de US$3000.

O segredo do funcionamento, que também atraiu o Bank of America, Fedex Express, Cox Enterprises e Staples, está na constituição das células combustíveis. Construídas com materiais baratos, elas realizam um processo eletroquímico, e não combustão. Sua placa cerâmica aliada à cobertura de tintas especiais converte oxigênio e combustível em energia elétrica, liberando no processo um pouco de CO2, água e calor – estes últimos reutilizados no ciclo.

A empresa afirma que, mesmo se for utilizado combustível fóssil na BloomBox, o sistema ainda é 67% mais limpo que uma usina de carvão.

A ideia do projeto surgiu quando o CEO e co-fundador da Bloom Energy, Dr. KR Sridhar, trabalhava na Agência Espacial Americana. Ele integrava a equipe do programa espacial de Marte encarregada de desenvolver tecnologia para sustentar a vida no Planeta Vermelho. O objetivo era usar energia solar e água para produzir ar respirável e combustível. A equipe logo percebeu o potencial dos estudos a aplicações aqui na Terra - o que resultou, em 2001, na criação da empresa.

A diretoria da BloomEnergy também conta com outros nomes de peso, como Colin Powell, ex-Secretário de Estado americano, T.J. Rodgers, da SunPower, e Eddy Zervigon, diretor do Morgan Stanley.

Servidor sendo transportado

Servidor sendo transportado

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