Bloomberg desembolsa US$ 18 mi e supera Trump com anúncios no Google
O candidato à vaga democrata para a corrida pela Presidência também lidera os anúncios na televisão e já desembolsou US$ 204 milhões
EFE
Publicado em 16 de janeiro de 2020 às 20h55.
Nova York — O ex-prefeito de Nova York e pré-candidato às primárias do Partido Democrata para a residência dos Estados Unidos , Michael Bloomberg, lidera de forma isolada os gastos com anúncios no Google .
Uma análise da consultora Acronym mostra que a campanha de Bloomberg já investiu S$ 18 milhões nas plataformas de propaganda do Google, superando inclusive o atual presidente do país e candidato à reeleição, Donald Trump, que investiu US$ 12 milhões.
Um dos últimos a anunciar a pré-candidatura entre os democratas, Bloomberg, que não participará do caucus de Iowa, o primeiro das primárias do partido, também lidera os anúncios na televisão e já desembolsou US$ 204 milhões, de acordo com a emissora "CNBC".
A corrida pela Casa Branca está engordando as receitas dos principais canais da TV americana, que reajustaram os custos dos anúncios em 45%. Em anos eleitorais anteriores, os valores subiram, em média, 22%.
No que diz respeito a Facebook e Google juntos, Bloomberg, cuja fortuna está avaliada em US$ 59 bilhões, gastou entre US$ 25 e US$ 30 milhões no total, valores que a campanha de Trump supera, devido, sobretudo, à presença do presidente na rede social fundada por Mark Zuckerberg - só nela foram investidos US$ 20 milhões.
Bloomberg também deixa para trás no Facebook o outro bilionário candidato nas primárias democratas, Tom Steyer, que já desembolsou US$ 18 milhões em publicidade na rede social com mais usuários no mundo.
A previsão é que o ex-prefeito de Nova York gaste mais de US$ 100 milhões somente em anúncios digitais. Não há, por enquanto, projeção para o investimento em propagandas na TV.
Segundo as pesquisas realizadas nacionalmente, apesar da intensa campanha publicitária, Bloomberg está na quinta posição entre os democratas, atrás do ex-vice-presidente Joe Biden, dos senadores Bernie Sanders e Elizabeth Warren, e do ex-prefeito de South Bend Pete Buttigieg.
A previsão é que Bloomberg entre formalmente na corrida eleitoral depois das primárias de Iowa, New Hampshire, Nevada e Carolina do Sul. Recentemente, ele pediu ao partido para repensar o calendário do processo de escolha do partido para refletir melhor a diversidade do eleitorado democrata.
Para ele, não faz sentido gastar tanto tempo ou recursos em estados "não decisivos", como Iowa e New Hampshire, em vez de focar nos chamados "swing states", os estados "indecisos" que a cada pleito alternam na preferência entre os candidatos republicanos e democratas, considerados chaves para as eleições presidenciais.