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Blatter pode ser julgado por venda de direitos da Copa

A emissora suíça SRF revelou que Blatter assinou um contrato negociando os direitos de transmissão das Copa de 2010 e de 2014 para a União Caribenha de Futebol

Irregularidades: a emissora suíça SRF revelou que Blatter assinou um contrato negociando os direitos de transmissão das Copa de 2010 e de 2014 para a União Caribenha de Futebol (Ruben Sprich/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2015 às 14h38.

Zurique - O presidente da Fifa , Joseph Blatter, deve enfrentar uma investigação criminal pelas suposta venda abaixo do valor estimado dos direitos de transmissão da Copa do Mundo a Jack Warner, afirmou nesta segunda-feira Mark Pieth, ex-conselheiro anticorrupção da entidade.

Mark Pieth, professor suíço de direito penal, disse que Blatter é um alvo provável em uma investigação federal suíça sobre "má gestão criminosa" na Fifa.

"Blatter tem que se defender contra acusações de peculato. Isso é um assunto que será preciso discutir", disse Pieth, sobre uma investigação que está sendo conduzida pelo procurador-geral da Suíça.

A emissora suíça SRF revelou na última sexta-feira que Blatter assinou um contrato em 2005 em que negociava os direitos de transmissão das Copa do Mundo de 2010 e de 2014 para a União Caribenha de Futebol, comandada por Warner, por um total de US$ 600 mil (aproximadamente R$ 2,3225 milhões).

Warner, então um dos vice-presidentes da Fifa e aliado de Blatter, licenciou os direitos para uma empresa controlada por sua família. Eles foram então vendidos

por uma quantia relatada de cerca de US$ 20 milhões (R$ 77,5 milhões) para uma empresa de radiodifusão com sede na Jamaica.

O documento do contrato confirma a alegação da Warner em 2011, depois que ele deixou a Fifa sob acusações de envolvimento em suborno, de que a entidade o permitia controlar direitos de transmissão da Copa em troca de ajudar a Blatter nas eleições presidenciais.

Warner foi indiciado em maio em uma investigação da Justiça norte-americana sobre corrupção no futebol envolvendo vários membros da Fifa, mas é uma apuração na Suíça que pode ameaçar Blatter. "

Eles têm evidências primárias de provas. Isso significa que eles têm que abrir uma investigação", disse Pieth.

O procurador-geral da Suíça Michael Lauber ordenou a apreensão de grandes quantidades de dados e documentos na sede da Fifa em maio e junho para uma investigação originalmente focada na escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022.

"A investigação aqui em Zurique é muito maior", disse Pieth, comparando as investigações na Suíça e nos Estados Unidos "É realmente sobre a totalidade da instituição e o que eles têm feito ao longo dos últimos 20 anos", acrescentou.

"Há algumas coisas muito, muito complicadas escondidas que podem até mesmo ir para o ex-chefe, Joseph Blatter".

A Fifa defendeu o acordo sobre os direitos de transmissão no Caribe, alegando que exigiu metade do lucro quando as negociações fossem realizadas.

O acordo de TV foi encerrado em julho de 2011, com a Fifa recuperando os direitos da Copa de 2014, após Warner deixar seus cargos na entidade, evitando ser punido por acusações de suborno.

Ainda de acordo com a Fifa, a entidade do Caribe, controlada por Warner, "fez várias brechas no contrato e não cumpriu as suas obrigações financeiras".

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Zurique - O presidente da Fifa , Joseph Blatter, deve enfrentar uma investigação criminal pelas suposta venda abaixo do valor estimado dos direitos de transmissão da Copa do Mundo a Jack Warner, afirmou nesta segunda-feira Mark Pieth, ex-conselheiro anticorrupção da entidade.

Mark Pieth, professor suíço de direito penal, disse que Blatter é um alvo provável em uma investigação federal suíça sobre "má gestão criminosa" na Fifa.

"Blatter tem que se defender contra acusações de peculato. Isso é um assunto que será preciso discutir", disse Pieth, sobre uma investigação que está sendo conduzida pelo procurador-geral da Suíça.

A emissora suíça SRF revelou na última sexta-feira que Blatter assinou um contrato em 2005 em que negociava os direitos de transmissão das Copa do Mundo de 2010 e de 2014 para a União Caribenha de Futebol, comandada por Warner, por um total de US$ 600 mil (aproximadamente R$ 2,3225 milhões).

Warner, então um dos vice-presidentes da Fifa e aliado de Blatter, licenciou os direitos para uma empresa controlada por sua família. Eles foram então vendidos

por uma quantia relatada de cerca de US$ 20 milhões (R$ 77,5 milhões) para uma empresa de radiodifusão com sede na Jamaica.

O documento do contrato confirma a alegação da Warner em 2011, depois que ele deixou a Fifa sob acusações de envolvimento em suborno, de que a entidade o permitia controlar direitos de transmissão da Copa em troca de ajudar a Blatter nas eleições presidenciais.

Warner foi indiciado em maio em uma investigação da Justiça norte-americana sobre corrupção no futebol envolvendo vários membros da Fifa, mas é uma apuração na Suíça que pode ameaçar Blatter. "

Eles têm evidências primárias de provas. Isso significa que eles têm que abrir uma investigação", disse Pieth.

O procurador-geral da Suíça Michael Lauber ordenou a apreensão de grandes quantidades de dados e documentos na sede da Fifa em maio e junho para uma investigação originalmente focada na escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022.

"A investigação aqui em Zurique é muito maior", disse Pieth, comparando as investigações na Suíça e nos Estados Unidos "É realmente sobre a totalidade da instituição e o que eles têm feito ao longo dos últimos 20 anos", acrescentou.

"Há algumas coisas muito, muito complicadas escondidas que podem até mesmo ir para o ex-chefe, Joseph Blatter".

A Fifa defendeu o acordo sobre os direitos de transmissão no Caribe, alegando que exigiu metade do lucro quando as negociações fossem realizadas.

O acordo de TV foi encerrado em julho de 2011, com a Fifa recuperando os direitos da Copa de 2014, após Warner deixar seus cargos na entidade, evitando ser punido por acusações de suborno.

Ainda de acordo com a Fifa, a entidade do Caribe, controlada por Warner, "fez várias brechas no contrato e não cumpriu as suas obrigações financeiras".

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