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Bin Laden planejava matar Obama, diz The Washington Post

O plano para assassinar Obama está descrito em documentos encontrados no complexo no qual Bin Laden morava na localidade paquistanesa de Abbottabad

Os documentos já foram desclassificados e estarão disponíveis ao público em breve tanto em sua versão original em árabe como a tradução para o inglês (Getty Images)

Os documentos já foram desclassificados e estarão disponíveis ao público em breve tanto em sua versão original em árabe como a tradução para o inglês (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2013 às 18h54.

Washington - O fundador da Al Qaeda, Osama bin Laden, planejava matar o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a quem considerava "o líder dos infiéis", informou nesta sexta-feira o jornal "The Washington Post".

O plano para assassinar Obama está descrito em documentos encontrados no complexo no qual Bin Laden morava na localidade paquistanesa de Abbottabad, onde morreu em uma operação militar americana em maio do ano passado.

Segundo o jornal, Bin Laden ordenou organizar uma rede de células especiais no Afeganistão e Paquistão para atacar o avião do presidente Obama.

O objetivo era que o Governo dos EUA passasse para as mãos do vice-presidente, Joe Biden, ao que Bin Laden considerava pior preparado para a Presidência, e assim provocar uma crise neste país, acrescentou o jornal, que teve acesso aos documentos por meio de um funcionário de alta categoria do Governo Obama.

"Obama é o líder dos infiéis e assassinando-o automaticamente farei com que Biden assuma a Presidência. Biden (...) não está preparado plenamente para esse posto, o que levará os EUA a uma crise", explicava o líder da Al Qaeda no documento escrito em árabe.


Bin Laden também se propunha a assassinar o general David Petraeus, atual responsável da CIA, mas que na época era o comandante-em-chefe das tropas dos EUA e da Otan no Afeganistão, por considerar que sua morte "poderia alterar o rumo da guerra" nesse país.

Funcionários do Governo americano, asseguraram ao periódico que o complô contra Obama e Petraeus nunca foi uma ameaça séria, além disso consideraram que "a organização carece da capacidade para planejar, organizar e executar ataques complexos e catastróficos, embora persista a ameaça".

Em um documento de 48 páginas, Bin Laden fala de seu braço direito, Atiyah Abd al Rahman, o qual desejava encarregar desta missão o terrorista paquistanês Ilyas Kashmiri, que morreu um mês após bin Laden em um ataque americano com aviões não tripulados.

Bin Laden queria centrar os esforços da organização em atacar os EUA para deter o derramamento de "sangue muçulmano" e pede a Atiyah que pergunte "aos irmãos em todas as regiões, se têm um irmão que possa operar nos EUA (que possa) viver lá, ou que seja fácil para ele para viajar para lá".

Os documentos já foram desclassificados e estarão disponíveis ao público em breve tanto em sua versão original em árabe como a tradução para o inglês. 

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