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Bill Gates alerta: sem prioridade na vacina, pandemia pode ser mais letal

Ele disse que cientistas estão fazendo grandes progressos e que será preciso ficar atento ao preço das vacinas e ao seu acesso amplo às populações carentes

Melinda Gates e Bill Gates durante o evento "One World: Together At Home" em 18 de abril de 2020: casal otimista com luta contra pandemia (AFP/AFP Photo)

Melinda Gates e Bill Gates durante o evento "One World: Together At Home" em 18 de abril de 2020: casal otimista com luta contra pandemia (AFP/AFP Photo)

Guilherme Dearo

Guilherme Dearo

Publicado em 11 de julho de 2020 às 09h17.

Última atualização em 12 de julho de 2020 às 11h32.

O bilionário americano Bill Gates se declarou otimista a respeito da luta contra a COVID-19 e defendeu a distribuição de remédios e vacinas aos que precisam, e não os que pagam as maiores quantias.

"Se deixarmos que os medicamentos e as vacinas sigam para os que oferecem os maiores preços, ao invés das pessoas que mais precisam, teremos uma pandemia mais longa, mais injusta e mais letal", afirmou o fundador da Microsoft, em uma mensagem de vídeo em uma conferência virtual internacional sobre a COVID-19.

"Precisamos de líderes para tomar decisões firmes para uma distribuição baseada na equidade e não apenas em fatores relacionados com o mercado", completou.

O filantropo, dedicado à luta contra as epidemias, destacou que a pandemia interrompeu as cadeias de abastecimento de remédios, incluindo os medicamentos de combate à aids, o que poderia "privar centenas de milhares de pessoas dos tratamentos que precisam, e não apenas na África subsaariana".

"Mas continuo otimista", completou Bill Gates. "Vamos derrotar a COVID-19 e seguiremos avançando contra a aids e outras crises de saúde".

Ele disse que os cientistas "estão fazendo grandes progressos. Melhores ferramentas de diagnóstico estão sendo desenvolvidas para identificar os infectados. Os investimentos vão para bancos de medicamentos antivirais, um ramo da ciência onde havia subinvestimento".

A segunda razão de seu otimismo, completou, é a solidariedade em escala mundial, já manifestada na luta contra a aids, com o Fundo Mundial criado em 2002, e o programa de ajuda americano PEPFAR, lançado por George W. Bush e destinado sobretudo à região da África subsaariana.

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