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Biden e Trump pedem união nacional, e FBI investiga motivo de ataque ao ex-presidente

Atentato deste sábado deixou candidato republicano com a orelha ferida

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 15 de julho de 2024 às 07h12.

Última atualização em 15 de julho de 2024 às 10h10.

A tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump abalou a política dos Estados Unidos, provocando apelos em prol da união nacional por parte dos líderes dos partidos Democrata e Republicano, enquanto o FBI tenta esclarecer os motivos do atirador.

Por enquanto, o FBI descobriu que o autor do atentado, Thomas Crooks, de 20 anos, agiu sozinho e atirou no ex-presidente a partir do telhado de uma edificação com um fuzil AR-15 que havia sido comprado legalmente por seu pai.

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Crooks, que foi baleado por agentes do Serviço Secreto apenas alguns segundos depois de abrir fogo contra Trump, era um eleitor registrado do Partido Republicano. No entanto, os registros eleitorais mostram que alguém com seu nome e endereço fez uma doação de US$ 15 em 2021 para o Progressive Engagement Project, uma organização democrata.

O evento está sendo investigado como um caso de "terrorismo doméstico", disse Kevin P. Rojek, o agente do FBI que lidera a investigação, em uma teleconferência neste domingo.

De acordo com fontes da investigação citadas pela imprensa local, autoridades encontraram material rudimentar de fabricação de bombas no veículo e na residência do atirador, mas não se sabe de que tipo. O FBI está analisando esses dispositivos em seus escritórios em Quantico, no estado da Virgínia.

A tentativa de assassinato de Trump, o primeiro incidente desse tipo desde a que foi cometida contra o então presidente e também republicano Ronald Reagan em 1981, levantou questões importantes sobre possíveis falhas nos protocolos de segurança que permitiram que o atirador chegasse a um telhado a apenas 130 metros do palanque onde Trump fazia um comício na pequena cidade de Butler, no estado da Pensilvânia, e disparasse até oito vezes antes de ser abatido.

O ataque chocou o país e provocou pedidos de moderação na retórica política às vésperas da Convenção Nacional do Partido Republicano, que começa nesta segunda-feira em Milwaukee, no estado do Wisconsin.

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Trump sem "medo"

Trump, que ficou ferido no ataque, chegou no final da noite de domingo em Milwaukee, onde nesta semana será oficialmente nomeado como candidato do Partido Republicano para as eleições presidenciais de 5 de novembro.

Antes de o avião decolar, o ex-presidente havia dito em sua rede social "Truth Social" que o ocorrido o fez pensar em adiar sua chegada ao evento em dois dias. No entanto, mais tarde ele decidiu que não poderia permitir que um "atirador ou assassino em potencial" atrapalhasse sua agenda, por isso optou por chegar a Milwaukee já no domingo.

O ex-presidente, que passou o dia isolado em seu clube de golfe no estado de Nova Jersey, escreveu na Truth Social que não tem "medo" e permanecerá forte e "desafiador".

"Obrigado a todos vocês pelos pensamentos e orações de ontem. É como se apenas Deus tivesse impedido que o impensável acontecesse. Não teremos medo, mas permaneceremos fortes em nossa fé e desafiadores diante do mal", disse o ex-presidente, que também pediu união.

"Neste momento, é mais importante do que nunca que estejamos juntos e mostremos nosso verdadeiro caráter como americanos, permanecendo fortes e determinados e não permitindo que o mal vença", acrescentou.

Trump fazia um comício em Butler, na Pensilvânia, no sábado, quando foi atingido de raspão por um tiro na orelha direita. Duas pessoas que assistiam ao evento político ficaram feridas, e uma morreu.

O participante falecido foi identificado no domingo como Corey Comperatore, um bombeiro de 50 anos e pai de duas filhas. Em uma entrevista coletiva, o governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, do Partido Democrata, confirmou a identidade da vítima e disse que ele morreu como um "herói", conseguindo proteger sua família dos tiros.

Resolver diferenças "nas urnas, não com balas"

Já o presidente dos EUA, Joe Biden, pediu união nacional em um breve discurso no Salão Oval da Casa Branca. Ele fez um apelo por um "esfriamento" do clima político nos Estados Unidos após uma campanha eleitoral particularmente turbulenta e pediu aos americanos que resolvam suas diferenças "nas urnas, não com balas".

"Nos Estados Unidos, resolvemos nossas diferenças nas urnas. É assim que fazemos, nas urnas, não com balas", disse Biden em um discurso que durou cerca de cinco minutos e foi transmitido pelas principais redes de televisão americanas.

Biden afirmou que "não há lugar nos Estados Unidos" para a violência e enfatizou a importância de resolver as divergências por meio de debates e palavras.

"As divergências são inevitáveis. Faz parte da natureza humana, mas a política nunca deve ser um campo de batalha e, Deus nos livre, um campo de morte", enfatizou.

Biden cancelou uma viagem programada para amanhã a Austin, no estado do Texas, para permanecer na Casa Branca, onde planeja receber informações de inteligência e segurança.

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