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Biden quer acelerar expansão do carro elétrico nos EUA

De acordo com a Agência Internacional de Energia, em 2020, os veículos elétricos representavam apenas 2% das vendas de carros novos nos Estados Unidos

O presidente dos Estados Unidos quer que a metade dos carros a serem vendidos até 2030 no país tenham zero emissão, ou seja, elétricos, híbridos, ou movidos a hidrogênio. (Kevin Lamarque/Reuters)

O presidente dos Estados Unidos quer que a metade dos carros a serem vendidos até 2030 no país tenham zero emissão, ou seja, elétricos, híbridos, ou movidos a hidrogênio. (Kevin Lamarque/Reuters)

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AFP

Publicado em 5 de agosto de 2021 às 09h50.

Produzir mais carros elétricos e reforçar as regulações ambientais suavizadas por Donald Trump. São estes os eixos do plano para tornar a indústria automobilística americana mais sustentável, o qual o presidente Joe Biden anunciará nesta quinta-feira (5), diante do avanço dos concorrentes chineses e europeus.

O presidente dos Estados Unidos quer que a metade dos carros a serem vendidos até 2030 no país tenham zero emissão, ou seja, elétricos, híbridos, ou movidos a hidrogênio, informa documento divulgado pela Casa Branca.

Biden deve assinar, nesta quinta, uma ordem executiva nesse sentido.

Ainda conforme a Casa Branca, a ideia é "posicionar os Estados Unidos para liderar o futuro do carro elétrico, superar a China", que já está investindo, produzindo e vendendo estes veículos a uma velocidade vertiginosa, "e enfrentar a crise climática".

Em um comunicado conjunto, as três grandes fabricantes americanas - Ford, GM e Stellantis (dona da Chrysler) - manifestaram sua "ambição comum de atingir, até 2030, entre 40% e 50%" dos veículos desse tipo vendidos nos Estados Unidos.

Em nota, a iniciativa foi aplaudida pelos fabricantes BMW, Honda, Volkswagen e Volvo, com frequência considerados mais avançados no campo elétrico do que as grandes marcas de Detroit, berço da indústria automobilística americana.

O presidente dos EUA também conseguiu mobilizar o poderoso sindicato UAW.

"Os membros do UAW estão preparados para construir estes carros, estes caminhões elétricos e as baterias que usam. Nossos membros são a arma secreta dos Estados Unidos para vencer essa corrida mundial", escreveu o presidente do UAW, Ray Curry, citado no comunicado da Casa Branca.

Embora a meta de 50% não seja muito mais ambiciosa do que muitos fabricantes já estabelecem para si, é muito alta para os Estados Unidos.

Apesar de o país ser o berço da Tesla, sem dúvida o maior fabricante de carros elétricos do mundo, montadoras e motoristas americanos demoram mais para deixar os carros movidos a combustível fóssil do que chineses e europeus.

De acordo com a Agência Internacional de Energia, em 2020, os veículos elétricos representavam apenas 2% das vendas de carros novos nos Estados Unidos, em comparação com 10% na Europa.

Em um evento que acontecerá nos jardins da Casa Branca nesta quinta-feira para detalhar essas medidas, Biden também pretende anunciar o endurecimento das regulamentações sobre o consumo de combustível.

Durante sua gestão, o então presidente Donald Trump reduziu de forma considerável as exigências neste campo impostas por seu antecessor, o democrata Barack Obama, de quem Biden foi vice.

Aprovada em março de 2020, a atual normativa sobre emissões obriga os fabricantes a melhorarem a eficiência de seus modelos em 1,5% ao ano, contra os 5% instituídos por Obama. O governo de Biden ainda não revelou qual será este novo percentual.

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