Biden pede relação de confiança entre EUA e China
O vice-presidente dos EUA pediu uma relação baseada na confiança entre EUA e China, durante uma visita oficial a Pequim
Da Redação
Publicado em 4 de dezembro de 2013 às 11h06.
Pequim - O vice-presidente dos EUA , Joe Biden, exortou nesta quarta-feira uma relação "baseada na confiança" entre EUA e China , durante uma visita oficial a Pequim marcada pelas tensões após a declaração chinesa de uma zona de identificação de defesa aérea (Adiz) no mar da China Oriental.
Biden se reuniu hoje com o presidente da China, Xi Jinping, em um encontro cuja duração estava prevista de uma hora e que se prolongou por mais uma no Grande Palácio do Povo em Pequim.
Durante a primeira hora ambos conversaram a sós e, na segunda, suas equipes entraram e participaram dos diálogos.
Em breves declarações ao começo da conversa entre os dois grupos, Biden assinalou que "esse novo modelo de cooperação entre grandes países no final se tem que basear na confiança e uma noção positiva sobre os motivos do outro".
"Se estabelecermos essa relação da maneira correta com um modelo autenticamente novo, as possibilidades não terão limites", ressaltou o vice-presidente americano.
Xi, assegurou Biden, é uma pessoa "franca", e a franqueza "gera confiança".
Por sua parte, o presidente da China indicou que "tanto a situação internacional como o panorama regional experimentam mudanças profundas e complexos".
Por isso, considerou Xi, "fortalecer a cooperação e o diálogo é a única opção correta que encaram nossos respectivos países".
"Estamos dispostos a colaborar com os EUA para estabelecer um novo modelo de relação, respeitar nossos interesses básicos e principais preocupações, seguir a melhora de nossa cooperação, e aumentar nossa comunicação e coordenação em assuntos globais e regionais, para tramitar de maneira apropriada questões sensíveis e diferenças entre nós", assegurou o líder chinês.
Previamente, Biden havia se reunido com o vice-presidente da República Popular, Liu Yuanchao, em um encontro no qual pediu ao governo chinês "ampliar nossa cooperação prática e conseguir resultados".
Nas declarações públicas, nenhum dos líderes mencionou a zona de defesa aérea chinesa, que os Estados Unidos classificaram como "preocupante".
Mas o assunto se tornou o protagonista da viagem asiática de Biden, programada em seu dia para promover os investimentos e as relações comerciais e que inclui também o Japão - a primeira etapa da viagem - e Coreia do Sul.
A Adiz, que a China declarou há dez dias, inclui as ilhas conhecidas como Diaoyu em mandarim e Senkaku em japonês, cuja soberania é disputada ferrenhamente Pequim e Tóquio.
Como resultado da declaração da zona, que irritou os países vizinhos e os EUA, Pequim requer agora que os aviões que sobrevoem a área se identifiquem anteriormente e anunciem seus planos de voo.
Os EUA recomendam a suas linhas aéreas que cumpram com esses requisitos para evitar incidentes - embora matizem que isso não equivale a reconhecer a Adiz chinesa - enquanto as companhias aéreas japonesas se negam a fazê-lo.
Segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hong Le, 55 linhas aéreas de 19 países já apresentam seus planos de voo e se identificam perante a China ao atravessar a zona.
Washington, que mantém um tratado de defesa com o Japão - país que aluga duas das ilhas em disputa com os Estados Unidos - assegura que a Adiz chinesa contribui para desestabilizar a região.
Em Tóquio, onde suas conversas foram dominadas pela iniciativa chinesa, Biden reiterou que os EUA estão "profundamente preocupados" pela declaração da ADIZ e pediu à China e ao Japão para buscarem vias de reduzir as tensões.
A posição americana gerou desconfiança nas declarações públicas chinesas.
Um editorial do jornal oficial "China Daily" de hoje adverte a Biden que suas tentativas de suavizar as tensões não terão êxito, se "se limitar a repetir as declarações anteriores de seu governo, errôneas e parciais".
O editorial acusa Washington de "ter se alinhado claramente com o Japão" e de arremeter "equivocadamente" contra a China depois que esse país declarou há dez dias uma zona de identificação de defesa aérea (Adiz) no mar da China Oriental.
Por sua vez, o Ministério da Defesa chinês insistiu que a Adiz "não está dirigida contra nenhum país ou alvo específico, e claro não constitui uma ameaça contra nenhum país ou região".
Pequim - O vice-presidente dos EUA , Joe Biden, exortou nesta quarta-feira uma relação "baseada na confiança" entre EUA e China , durante uma visita oficial a Pequim marcada pelas tensões após a declaração chinesa de uma zona de identificação de defesa aérea (Adiz) no mar da China Oriental.
Biden se reuniu hoje com o presidente da China, Xi Jinping, em um encontro cuja duração estava prevista de uma hora e que se prolongou por mais uma no Grande Palácio do Povo em Pequim.
Durante a primeira hora ambos conversaram a sós e, na segunda, suas equipes entraram e participaram dos diálogos.
Em breves declarações ao começo da conversa entre os dois grupos, Biden assinalou que "esse novo modelo de cooperação entre grandes países no final se tem que basear na confiança e uma noção positiva sobre os motivos do outro".
"Se estabelecermos essa relação da maneira correta com um modelo autenticamente novo, as possibilidades não terão limites", ressaltou o vice-presidente americano.
Xi, assegurou Biden, é uma pessoa "franca", e a franqueza "gera confiança".
Por sua parte, o presidente da China indicou que "tanto a situação internacional como o panorama regional experimentam mudanças profundas e complexos".
Por isso, considerou Xi, "fortalecer a cooperação e o diálogo é a única opção correta que encaram nossos respectivos países".
"Estamos dispostos a colaborar com os EUA para estabelecer um novo modelo de relação, respeitar nossos interesses básicos e principais preocupações, seguir a melhora de nossa cooperação, e aumentar nossa comunicação e coordenação em assuntos globais e regionais, para tramitar de maneira apropriada questões sensíveis e diferenças entre nós", assegurou o líder chinês.
Previamente, Biden havia se reunido com o vice-presidente da República Popular, Liu Yuanchao, em um encontro no qual pediu ao governo chinês "ampliar nossa cooperação prática e conseguir resultados".
Nas declarações públicas, nenhum dos líderes mencionou a zona de defesa aérea chinesa, que os Estados Unidos classificaram como "preocupante".
Mas o assunto se tornou o protagonista da viagem asiática de Biden, programada em seu dia para promover os investimentos e as relações comerciais e que inclui também o Japão - a primeira etapa da viagem - e Coreia do Sul.
A Adiz, que a China declarou há dez dias, inclui as ilhas conhecidas como Diaoyu em mandarim e Senkaku em japonês, cuja soberania é disputada ferrenhamente Pequim e Tóquio.
Como resultado da declaração da zona, que irritou os países vizinhos e os EUA, Pequim requer agora que os aviões que sobrevoem a área se identifiquem anteriormente e anunciem seus planos de voo.
Os EUA recomendam a suas linhas aéreas que cumpram com esses requisitos para evitar incidentes - embora matizem que isso não equivale a reconhecer a Adiz chinesa - enquanto as companhias aéreas japonesas se negam a fazê-lo.
Segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hong Le, 55 linhas aéreas de 19 países já apresentam seus planos de voo e se identificam perante a China ao atravessar a zona.
Washington, que mantém um tratado de defesa com o Japão - país que aluga duas das ilhas em disputa com os Estados Unidos - assegura que a Adiz chinesa contribui para desestabilizar a região.
Em Tóquio, onde suas conversas foram dominadas pela iniciativa chinesa, Biden reiterou que os EUA estão "profundamente preocupados" pela declaração da ADIZ e pediu à China e ao Japão para buscarem vias de reduzir as tensões.
A posição americana gerou desconfiança nas declarações públicas chinesas.
Um editorial do jornal oficial "China Daily" de hoje adverte a Biden que suas tentativas de suavizar as tensões não terão êxito, se "se limitar a repetir as declarações anteriores de seu governo, errôneas e parciais".
O editorial acusa Washington de "ter se alinhado claramente com o Japão" e de arremeter "equivocadamente" contra a China depois que esse país declarou há dez dias uma zona de identificação de defesa aérea (Adiz) no mar da China Oriental.
Por sua vez, o Ministério da Defesa chinês insistiu que a Adiz "não está dirigida contra nenhum país ou alvo específico, e claro não constitui uma ameaça contra nenhum país ou região".