Joe Biden: na avaliação dele, o atual líder usou linguagem típica de ditadores e incitou pessoas a tentar "silenciar as vozes dos eleitores americanos" (Joshua Roberts/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 7 de janeiro de 2021 às 18h13.
Última atualização em 7 de janeiro de 2021 às 18h18.
Presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden fez duras críticas nesta quinta-feira, 7, à postura do atual presidente do país, Donald Trump. Segundo Biden, Trump incitou a multidão de partidários a atacar o Capitólio na quarta-feira.
"Nosso presidente não está acima da lei", advertiu Biden, durante evento no qual anunciou nomes para o Departamento de Justiça.
Biden qualificou os manifestantes pró-Trump que invadiram na quarta o Congresso como "terroristas domésticos".
Na avaliação dele, o atual líder usou linguagem típica de ditadores e incitou pessoas a tentar "silenciar as vozes dos eleitores americanos".
Biden lembrou também que Trump pressionou o vice-presidente, Mike Pence, a não certificar o resultado das urnas.
O democrata mencionou o fato de que Trump se referia a indicados como "seus juízes". O ex-vice-presidente afirmou, porém, que os magistrados respeitaram a Constituição, impondo a Trump dezenas de derrotas em sua tentativa de impugnar resultados da eleição do ano passado.
O presidente eleito ainda disse que a resposta das forças de segurança ao ataque ao Capitólio foi um "fracasso" na busca por justiça, em comparação com a postura diante de protestos do movimento "Black Lives Matter".
No evento, Biden confirmou a indicação do juiz Merrick Garland para procurador-geral. A indicação para vice-procuradora-geral foi para Lisa Monaco, funcionária de carreira.