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Biden afirma que pediu a Trump que não faça "acerto de contas"

Joe Biden recomenda prudência a Donald Trump e considera indultos para figuras como Liz Cheney e Anthony Fauci

Biden pede a Trump para evitar retaliações e avalia indultos preventivos (Saul Loeb/AFP)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 8 de janeiro de 2025 às 15h31.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, revelou em entrevista que aconselhou o presidente eleito, Donald Trump , a evitar um "acerto de contas" quando reassumir a Casa Branca. Biden também afirmou que ainda não tomou uma decisão sobre a concessão de indultos preventivos a figuras que possam ser alvos da nova administração.

Em uma entrevista ao jornal “USA Today”, realizada no domingo e publicada nesta quarta-feira, Biden declarou que explicou ao seu sucessor que seria "contra seus interesses voltar (ao poder) e tentar acertar as contas". Apesar do conselho, Trump, segundo Biden, "simplesmente ouviu" sem responder.

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Questionado sobre a possibilidade de emitir indultos preventivos, Biden destacou que a decisão dependerá de quem Trump nomeará para cargos-chave na administração. Entre os nomes cotados para indulto estão a ex-congressista republicana Liz Cheney, que foi vice-presidente do comitê que investigou o ataque ao Capitólio, e Anthony Fauci, especialista em doenças infecciosas e alvo frequente de ataques da extrema-direita.

Democratas no Congresso têm pressionado Biden para proteger figuras políticas que podem ser retaliadas por crimes cometidos. De acordo com a imprensa americana, a Casa Branca já discute essa estratégia como forma de evitar possíveis represálias da nova administração.

Nomeações polêmicas e temor de mudanças econômicas

As nomeações de Pam Bondi, ex-procuradora-geral da Flórida, e de Kash Patel, ex-assessor de Trump, para cargos como Departamento de Justiça e FBI, respectivamente, trouxeram a questão dos indultos para o centro do debate. Essas ações fazem parte de um plano mais amplo que inclui também a emissão de perdões e comutações para crimes não violentos relacionados a drogas, uma prática comum nos últimos dias de mandato de um presidente americano.

Biden expressou ainda sua preocupação com a possibilidade de que o governo Trump revogue elementos de sua legislação climática, alivie restrições às empresas farmacêuticas e implemente cortes em programas sociais e infraestrutura. Ele destacou que seu “maior medo” é a reversão de conquistas alcançadas durante seu mandato.

O legado de Biden

Sobre seu legado, Joe Biden afirmou desejar ser lembrado como um presidente que "restaurou a economia e a liderança dos EUA no mundo". Segundo ele, seus esforços foram marcados por "honestidade e integridade", valores que pretende deixar como marca de sua administração.

A decisão sobre os indultos preventivos, assim como o futuro político de figuras controversas, promete ser um dos temas centrais na transição de poder nos Estados Unidos.

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