Pence e Biden: "Nenhum governo está pronto no primeiro dia. Nós não estávamos prontos no primeiro dia" (Gary Cameron/Reuters)
EFE
Publicado em 16 de novembro de 2016 às 22h58.
Washington - O vice-presidente dos Estados Unidos, Joseph Biden, afirmou nesta quarta-feira que confia que "tudo estará em boas mãos" no primeiro dia do novo governo de Donald Trump, ao garantir que não está preocupado com a possibilidade de o próximo presidente desmantelar o que foi feito nos últimos oito anos.
Biden e sua esposa, Jill, receberam hoje em sua residência no Observatório Naval de Washington o vice-presidente eleito, Mike Pence, e sua mulher, Karen.
De acordo com o escritório do vice-presidente, os Biden ofereceram um almoço a seus convidados e fizeram junto com eles um passeio pela residência.
No final do encontro, Biden comentou aos jornalistas que a reunião foi "muito, muito boa".
"Nenhum governo está pronto no primeiro dia. Nós não estávamos prontos no primeiro dia (...). Mas tenho certeza que no dia 1 tudo estará em boas mãos e eles serão capazes de conduzir tudo", comentou Biden ao ser perguntado se a nova administração estará preparada para funcionar desde o primeiro momento.
Depois, a outra pergunta sobre se está preocupado que o novo governo desmantele tudo o que foi feito nos últimos oito anos, Biden respondeu que "não".
O vice-presidente em fim de mandato detalhou que falou hoje com Pence sobre assuntos de política externa e que disse a seu sucessor que "estará disponível" para ele a qualquer momento se precisar de conselhos.
"Seria inteligente rejeitar a maioria das minhas ideias, mas acho que ele (Pence) escutará", brincou Biden.
Na quinta-feira passada, dois dias depois das eleições presidenciais, Biden e Pence se reuniram durante meia hora na Casa Branca e um porta-voz do vice-presidente eleito qualificou esse encontro de "cálido e profissional".
Além disso, no dia seguinte das eleições, Biden felicitou seu sucessor por telefone e se ofereceu para ajudá-lo com qualquer pergunta que tenha a fim de assegurar uma transferência de poderes "suave" na vice-presidência do país.