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Bernanke pede distribuição de benefícios da globalização

Presidente do Fed afirma que a integração global econômica pode reduzir a miséria mundial se houver uma divisão ampla das vantagens do processo

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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.

Em discurso realizado nesta sexta-feira (25/8), Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve (Fed)  - o banco central dos Estados -, afirmou que o processo de integração econômica mundial está acelerando a um ritmo nunca visto, o que tem auxiliado o aumento de produtividade e a redução da pobreza global.

De acordo com o jornal americano The Wall Street Journal, Bernanke pediu que os líderes de governos e do setor privado garantam uma distribuição ampla dos benefícios da globalização. "As mudanças econômicas e tecnológicas devem encurtar as distâncias nos próximos anos, criando um potencial para melhorias contínuas na produtividade e nos padrões de vida e para uma redução da miséria mundial", afirmou Bernanke, durante a conferência anual do Federal Reserve de Kansas City.

O presidente do Fed lembrou que a globalização, apesar de seus benefícios, causa uma certa desarticulação entre algumas empresas e seus funcionários, e "a reação natural dos afetados é de resistir às mudanças, buscando, por exemplo, medidas protecionistas". Ele notou que as atuais tensões globais e riscos de terrorismo também ameaçam o avanço da globalização.

"O desafio para aqueles que determinam as políticas é garantir que os benefícios da integração econômica sejam bem distribuídos, para que um consenso em direção a mudanças positivas no modo de vida sejam alcançadas", declarou Bernanke.

O presidente não falou sobre conjuntura econômica ou sobre política monetária em seu discurso. No começo desse mês, o banco central interrompeu uma seqüência de altas na taxa básica de juros da economia americana, hoje em 5,25% ao ano. Economistas acreditam que a taxa não chegará a um patamar superior a esse, mas dados de inflação que ainda serão publicados podem influenciar a decisão dos membros do Fed em sua próxima reunião, marcada para setembro.

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