Berlusconi disse que pode concorrer às eleições, mas que espera não ser preciso (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 13 de agosto de 2011 às 13h47.
Roma - O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, disse neste sábado que vai se apresentar como candidato à Presidência do Governo nas eleições de 2013, "se for necessário, mas espero que não".
Berlusconi, de 77 anos, afirmou em 8 de julho em entrevista ao jornal "La Repubblica" que não se apresentaria às eleições e que o candidato seria seu ex-ministro de Justiça, Angelino Alfano e atual secretário nacional do partido Povo da Liberdade (PDL).
"Vamos discutir o assunto em momento oportuno. Eu já disse em muitas ocasiões, e também em público, que fazer o que estou fazendo representa para mim um grande sacrifício", disse à imprensa.
Além disso, o chefe do Executivo italiano se mostrou satisfeito pelo "bom trabalho" realizado em "sete dias de intenso trabalho" para aprovar na sexta-feira no Conselho de Ministros e por decreto-lei, o novo plano de ajuste por 45 bilhões de euros para alcançar o equilíbrio orçamentário e acalmar a inquietação dos mercados sobre a situação que atravessam as finanças públicas do país.
"Havia uma grande atenção por parte dos líderes europeus sobre o Governo italiano" e - continuou - "o fato é que conseguimos aprovar o decreto-lei, que após ser publicado nesta manhã pela Gazeta Oficial (Diário Oficial do Estado), entra imediatamente em operação".
O primeiro-ministro acrescentou que garantiu aos membros europeus que o Parlamento vai abordar em breve "a discussão e o voto para introduzir na Constituição a obrigação do equilíbrio orçamentário e também o artigo 41 sobre a liberdade de empresa".
Berlusconi acredita "em uma tramitação muito tranquila" para o plano de ajuste em sua tramitação parlamentar, pois passará pela comissão de Assuntos Constitucionais e Orçamentos do Senado em 22 de agosto, segundo os meios de comunicação italianos.
O primeiro-ministro lembrou que as intervenções econômicas foram impostas pela situação internacional e que "qualquer Governo teria tido de dar uma resposta como a que nós demos".