Berlim tem novo museu, com exposição de corpos de mortos
A exibição tem por objetivo dar aos visitantes uma nova perspectiva em seus corpos e estilos de vida, além de revelar a complexidade do corpo humano
Da Redação
Publicado em 18 de fevereiro de 2015 às 13h05.
Berlim - Uma exposição permanente em um museu, mostrando cadáveres preservados e sem pele para revelar a complexidade do corpo humano, abre nesta quarta-feira em Berlim.
O projeto do anatomista alemão Gunther von Hagens e sua mulher, Angelina Whalley, exibe corpos que receberam silicone e resina, em um processo conhecido como "plastinação", inventado por Von Hagens.
Apelidado de "Doutor Morte", Von Hagens estava em turnê com a controversa exibição "Body Worlds" desde 1995, atraindo cerca de 40 milhões de visitantes.
Berlim agora é casa do primeiro local permanente para seu trabalho, localizado em frente à amada torre de televisão na Alexanderplatz.
Cobrindo uma área de 1.200 metros quadrados, a exibição mostra 20 corpos abertos, mostrando músculos, veias e ossos, em poses da vida real, como sentados, se alongando ou se exercitando.
Angelina Whalley disse que a exibição dá aos visitantes uma nova perspectiva em seus corpos e estilos de vida.
"Após visitar a exposição algumas pessoas disseram que nunca mais iam deixar de ligar para seus corpos", afirmou ela, contando que uma pesquisa feita seis meses após as pessoas visitarem a exibição itinerante, mostrou que 9 por cento delas pararam de fumar, 23 por cento passaram a se exercitar mais e 30 por cento decidiram comer de forma mais saudável.
No entanto, nem todos em Berlim ficaram entusiasmados com a ideia de corpos mortos em tempo integral residindo na cidade.
O museu teve que superar a oposição de autoridades locais que declararam a exposição ilegal, citando leis de enterro e uma proibição de mostrar corpos de mortos, e tentaram vetar em outubro. Von Hagen ganhou o caso.
Mais que simples corpos, algumas pessoas veem a exposição como obras de arte, incluindo Detlef von Wagner, de 61 anos, que concordou em doar seu próprio corpo para o processo de plastinação após sua morte.
"Eu não quero só apodrecer ou ser cremado. Para mim, plastinação é arte . Pessoas estão pagando para ver seu corpo morto em um mostruário", disse Von Wagner.
"A ideia da existência de vida após a morte é o que me leva a fazer isso. No mais, ninguém tem que pagar pelo meu funeral, o que é ótimo, não é?", completou von Wagner.
Berlim - Uma exposição permanente em um museu, mostrando cadáveres preservados e sem pele para revelar a complexidade do corpo humano, abre nesta quarta-feira em Berlim.
O projeto do anatomista alemão Gunther von Hagens e sua mulher, Angelina Whalley, exibe corpos que receberam silicone e resina, em um processo conhecido como "plastinação", inventado por Von Hagens.
Apelidado de "Doutor Morte", Von Hagens estava em turnê com a controversa exibição "Body Worlds" desde 1995, atraindo cerca de 40 milhões de visitantes.
Berlim agora é casa do primeiro local permanente para seu trabalho, localizado em frente à amada torre de televisão na Alexanderplatz.
Cobrindo uma área de 1.200 metros quadrados, a exibição mostra 20 corpos abertos, mostrando músculos, veias e ossos, em poses da vida real, como sentados, se alongando ou se exercitando.
Angelina Whalley disse que a exibição dá aos visitantes uma nova perspectiva em seus corpos e estilos de vida.
"Após visitar a exposição algumas pessoas disseram que nunca mais iam deixar de ligar para seus corpos", afirmou ela, contando que uma pesquisa feita seis meses após as pessoas visitarem a exibição itinerante, mostrou que 9 por cento delas pararam de fumar, 23 por cento passaram a se exercitar mais e 30 por cento decidiram comer de forma mais saudável.
No entanto, nem todos em Berlim ficaram entusiasmados com a ideia de corpos mortos em tempo integral residindo na cidade.
O museu teve que superar a oposição de autoridades locais que declararam a exposição ilegal, citando leis de enterro e uma proibição de mostrar corpos de mortos, e tentaram vetar em outubro. Von Hagen ganhou o caso.
Mais que simples corpos, algumas pessoas veem a exposição como obras de arte, incluindo Detlef von Wagner, de 61 anos, que concordou em doar seu próprio corpo para o processo de plastinação após sua morte.
"Eu não quero só apodrecer ou ser cremado. Para mim, plastinação é arte . Pessoas estão pagando para ver seu corpo morto em um mostruário", disse Von Wagner.
"A ideia da existência de vida após a morte é o que me leva a fazer isso. No mais, ninguém tem que pagar pelo meu funeral, o que é ótimo, não é?", completou von Wagner.