Berlim quer proibir especulação em baixa na UE, mas Londres se opõe
França, Itália, Espanha e Bélgica também decidiram limitar ou proibir esse tipo de operação
Da Redação
Publicado em 12 de agosto de 2011 às 09h31.
Berlim - O governo alemão propôs nesta sexta-feira proibir as operações de especulação em baixa (venda de ações a descoberto) em toda a União Europeia, indicou o Ministério alemão das Finanças, que comemorou as decisões tomadas neste sentido pela França, Itália, Espanha e Bélgica.
No entanto, o governo britânico respondeu imediatamente dizendo que não tem nenhum plano para aplicar restrições nestas operações.
"O governo alemão esteve monitorando durante algum tempo o problema das vendas a curto prazo ("short-selling") e já havia proibido as vendas em curto prazo a descoberto ("naked short-selling", sem o título na mão) na Alemanha no ano passado", afirmou o porta-voz do Ministério das Finanças.
"Além disso, pedimos que se proíbam as vendas a curto prazo em toda a Europa", acrescentou.
Mas o governo britânico descartou de imediato esta ideia.
"Não temos nenhum plano de introduzir uma proibição às vendas a curto prazo no Reino Unido", disse um porta-voz da autoridade do mercado financeiro britânico.
"Não temos um regime de declaração para as vendas a curto prazo nos mercados financeiros e continuamos vigiando a atividade em nossos mercados em função dessas regras", acrescentou.
A City de Londres é a primeira praça financeira da Europa.
As vendas a curto prazo são as que o vendedor pega ações em empréstimo para vender, especulando que o preço vai baixar no momento em que tiver de devolvê-las.
A modalidade da venda a curto prazo a descoberto diz respeito ao operador que vende ações que sequer possui.
Na véspera, França, Itália, Espanha e Bélgica decidiram limitar ou proibir as operações de venda de ações a descoberto para lutar contra os "falsos rumores" que desestabilizam os mercados, segundo anunciou a autoridade de regulação financeira europeia, Esma.
"Os seguintes países anunciaram hoje (quinta-feira) ou anunciarão em breve novas proibições de operações de venda a descoberto (...): Bélgica, França, Itália e Espanha", indicou a Esma (European Securities and Markets Authority) em comunicado.
Pouco antes, Jean-Pierre Joynet, presidente da Autoridade Francesa de Mercados (AMF), órgão que controla na França as atividades dos mercados de ações, tinha anunciado à AFP a proibição das vendas a descoberto de ações do setor financeiro cotadas na França por um período de 15 dias.
"Decidimos proibir (...) a venda a descoberto sobre as ações de 11 bancos e seguradoras cotadas nos mercados franceses por um período de 15 dias", declarou Joynet.
"Quiseram colocar à prova a resistência francesa. Aqui está nossa resposta e, como sempre, é muito decidida e continuará sendo contra todos aqueles que quiserem nos colocar à prova", completou.
A venda a descoberto é um mecanismo financeiro no qual um operador pede emprestado uma ação e a vende com a esperança de que o preço caia. Se isso ocorrer, ele a compra de volta para pagar sua dívida e embolsa o lucro.
Essa prática, muito criticada desde 2008, acentuou o pânico nos mercados nos últimos dias, segundo vários especialistas, o que provocou grandes perdas na maioria das bolsas mundiais.
"Diferentes países europeus enfrentaram rumores infundados que perturbam o bom funcionamento dos mercados", destacou o presidente da AMF.
Berlim - O governo alemão propôs nesta sexta-feira proibir as operações de especulação em baixa (venda de ações a descoberto) em toda a União Europeia, indicou o Ministério alemão das Finanças, que comemorou as decisões tomadas neste sentido pela França, Itália, Espanha e Bélgica.
No entanto, o governo britânico respondeu imediatamente dizendo que não tem nenhum plano para aplicar restrições nestas operações.
"O governo alemão esteve monitorando durante algum tempo o problema das vendas a curto prazo ("short-selling") e já havia proibido as vendas em curto prazo a descoberto ("naked short-selling", sem o título na mão) na Alemanha no ano passado", afirmou o porta-voz do Ministério das Finanças.
"Além disso, pedimos que se proíbam as vendas a curto prazo em toda a Europa", acrescentou.
Mas o governo britânico descartou de imediato esta ideia.
"Não temos nenhum plano de introduzir uma proibição às vendas a curto prazo no Reino Unido", disse um porta-voz da autoridade do mercado financeiro britânico.
"Não temos um regime de declaração para as vendas a curto prazo nos mercados financeiros e continuamos vigiando a atividade em nossos mercados em função dessas regras", acrescentou.
A City de Londres é a primeira praça financeira da Europa.
As vendas a curto prazo são as que o vendedor pega ações em empréstimo para vender, especulando que o preço vai baixar no momento em que tiver de devolvê-las.
A modalidade da venda a curto prazo a descoberto diz respeito ao operador que vende ações que sequer possui.
Na véspera, França, Itália, Espanha e Bélgica decidiram limitar ou proibir as operações de venda de ações a descoberto para lutar contra os "falsos rumores" que desestabilizam os mercados, segundo anunciou a autoridade de regulação financeira europeia, Esma.
"Os seguintes países anunciaram hoje (quinta-feira) ou anunciarão em breve novas proibições de operações de venda a descoberto (...): Bélgica, França, Itália e Espanha", indicou a Esma (European Securities and Markets Authority) em comunicado.
Pouco antes, Jean-Pierre Joynet, presidente da Autoridade Francesa de Mercados (AMF), órgão que controla na França as atividades dos mercados de ações, tinha anunciado à AFP a proibição das vendas a descoberto de ações do setor financeiro cotadas na França por um período de 15 dias.
"Decidimos proibir (...) a venda a descoberto sobre as ações de 11 bancos e seguradoras cotadas nos mercados franceses por um período de 15 dias", declarou Joynet.
"Quiseram colocar à prova a resistência francesa. Aqui está nossa resposta e, como sempre, é muito decidida e continuará sendo contra todos aqueles que quiserem nos colocar à prova", completou.
A venda a descoberto é um mecanismo financeiro no qual um operador pede emprestado uma ação e a vende com a esperança de que o preço caia. Se isso ocorrer, ele a compra de volta para pagar sua dívida e embolsa o lucro.
Essa prática, muito criticada desde 2008, acentuou o pânico nos mercados nos últimos dias, segundo vários especialistas, o que provocou grandes perdas na maioria das bolsas mundiais.
"Diferentes países europeus enfrentaram rumores infundados que perturbam o bom funcionamento dos mercados", destacou o presidente da AMF.