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Berlim oferece 650 soldados para o Mali para aliviar França

Esta missão, que quadruplicaria o número de soldados lemães no Mali, teria como principal objetivo garantir o cumprimento do acordo de paz


	Soldados no Mali: a Alemanha mantém 200 soldados no Mali dentro da missão comunitária de formação das forças de segurança locais
 (Adama Diarra /REUTERS)

Soldados no Mali: a Alemanha mantém 200 soldados no Mali dentro da missão comunitária de formação das forças de segurança locais (Adama Diarra /REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2015 às 07h58.

Berlim - O governo da Alemanha anunciou nesta quarta;feira sua intenção de mandar até 650 soldados ao Mali para aliviar à França de suas tarefas de estabilização do país africano para que possa se concentrar na luta contra o Estado Islâmico (EI) na Síria.

A ministra de Defesa alemã, Ursula von der Leyen, fez o anúncio à imprensa após comparecer na comissão de Defesa do Bundestag.

Esta missão, que quadruplicaria o número de soldados lemães no Mali, teria como principal objetivo garantir o cumprimento do acordo de paz assinado pelo governo malinês com os rebeldes islamitas do norte.

Atualmente a Alemanha mantém 200 soldados no sul do Mali, a região mais tranquila do país, dentro da missão comunitária de formação das forças de segurança locais, e conta com outros dez nos quartéis-gerais da missão da ONU (Minusma) na capital, Bamaco, qualificado como mais perigoso.

Em um comparecimento paralelo no plenário do Bundestag, a chanceler Angela Merkel confirmou estas palavras, mas sem detalhar números, indicando que seu Executivo estuda "reforçar seu compromisso" no Mali e "prolongar" sua missão no Afeganistão, dentro da luta contra o terrorismo global.

Merkel afirmou que o governo analisará essa possibilidade quando "for necessário mais compromisso militar alemão", e que o governo "não descarta de antemão", em uma indireta às reservas alemãs de enviar soldados a conflitos no exterior.

Após os atentados de 13 de novembro em Paris, que deixaram 130 mortos, o governo francês recorreu aos tratados comunitários para exigir solidariedade de seus sócios europeus na luta contra o terrorismo jihadista e redobrou seus ataques aéreos ao EI.

Há três anos os rebeldes islamitas do norte do Mali se levantaram contra o governo em Bamaco e só uma intervenção militar francesa, antiga potência colonial na região, conseguiu deter seu avanço.

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